Presidência admite que óleo no Paranoá pode ter saído do Palácio do Planalto

Publicado em: 24/01/2014

A assessoria de imprensa da Secretaria-Geral da Presidência da República informou nesta quarta (22) que tudo indica que a mancha de óleo no Lago Paranoá tenha sido provocada por vazamento da caldeira do restaurante do anexo IV do Palácio do Planalto. As imagens da caldeira só serão liberadas depois que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) liberar o laudo confirmando a origem do vazamento. 

Em nota anterior divulgada mais cedo na quarta (22), a Presidência havia negada que a mancha de óleo tivesse origem no Planalto e a secretária-geral do órgão, Renata Fortes Fernandes, afirmou que não era possível concluir que a origem fosse a caldeira do restaurante. Ela disse ainda que as declarações do secretário do Meio Ambiente, Eduardo Brandão, “são precipitadas e somente após as análises químicas do óleo será possível ter uma conclusão tecnicamente consistente”.

Enquanto isso não se resolve, a caldeira que pode ser a origem do vazamento foi preventivamente desativada, segundo o Palácio do Planalto. Ainda de acordo com a nota, a mancha de óleo foi imediatamente contida na própria sexta (17), minimizando seu impacto, não tendo sido constatada nenhuma morte de peixe em função do incidente.

A Secretaria de Meio Ambiente do DF informou que já multou o Palácio do Planalto em R$ 50 mil e aguarda a solução imediata do problema. Segundo Brandão, o palácio já sabia da possibilidade de vazamento, já que as caldeiras do restaurante são muito velhas.  

Mancha – A mancha de óleo surgiu perto do Clube de Fuzileiros Navais, na sexta-feira. Uma equipe do Corpo de Bombeiros colocou um cordão de isolamento na margem do lago para conter a expansão da mancha. A faixa de isolamento atingiu cerca de cem metros de comprimento, segundo os bombeiros. 

Em outubro do ano passado, outra mancha no lago Paranoá foi causada pelo vazamento de óleo das caldeiras do Hospital Regional da Asa Norte, segundo laudo da Universidade de Brasília, Caesb (Companhia de Abastecimento e Esgoto de Brasília) e Ibram (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente).

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