IML libera ossada de Antônio, o “Amarildo do DF”, para ser enterrada

Publicado em: 13/12/2013

O Instituto Médico-Legal (IML) liberou nesta quinta (12) a ossada do auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira Araújo para ser enterrada pelos parentes. Os restos mortais foram encontrados em Planaltina, em novembro e, na segunda (09), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) confirmou por meio de exame de DNA que a ossada encontrada no último dia 21 era de Antônio. A família ainda não confirmou quando será o enterro.  

Um laudo para apontar a causa da morte do auxiliar de serviços gerais deve ficar pronto em algumas semanas. O caso de Antônio ficou conhecido como o “Amarildo do DF” porque, assim como no caso do pedreiro Amarildo de Souza da Rocinha, no Rio de Janeiro, ele desapareceu após uma abordagem policial.

Há seis meses, a família vem cobrando das autoridades, em especial da Polícia Militar, explicações. Quando a ossada foi encontrada, os parentes desconfiaram que se tratava do rapaz, principalmente por conta das peças de roupa encontradas junto com os ossos. Para tirar as dúvidas, os parentes foram chamados para coletar o material genético que foi comparado à ossada.

Desaparecimento – Antônio foi visto pela última vez no dia 26 de maio deste ano no bairro Arapoanga em Planaltina, região administrativa do DF. Desde então, a PM é investigada e apontada como responsável pelo sumiço do rapaz. O último contato com a mãe foi logo depois de um almoço daquele domingo. Depois, Antônio desceu a escada usando a melhor roupa que tinha e avisou que iria assistir a um jogo de futebol na casa do irmão mais velho, que fica a um quilômetro do local.

Apesar desses relatos da família, a polícia garante que o homem seguiu em direção oposta e foi parar em uma chácara que pertence ao sargento da PMDF Valdemiro Salustriano de Souza. Com um pouco de resistência, o militar aceitou conversar com a reportagem e acusou Antônio de ter invadido a propriedade dele, mas não registrou queixa em nenhuma delegacia da capital federal.

Para se defender, explicou o porquê não registrou boletim de ocorrência sobre a suposta invasão. “Ele parecia estar bêbado ou drogado, não me aparentava ser bandido. Por isso não registrei ocorrência”. Para os investigadores, uma das hipóteses é que o homem tenha decidido sumir por conta própria, mas esta é uma versão impossível para os familiares, em especial para o irmão dele.

Diante das denúncias, a Corregedoria da PMDF abriu investigação para ouvir os dois sargentos e os quatro cabos que participaram da abordagem. A Polícia Civil disse, por meio de nota, que o inquérito foi retirado da Delegacia de Divisão de Repressão a Sequestros e encaminhado à Coordenação de Homicídios. Ainda não se sabe a causa da morte.

Com informações do R7.

Artigos relacionados