O desaparecimento do estudante brasiliense Artur Paschoali, de 20 anos, no Peru, completa um ano neste sábado (21) e a família do jovem tenta arrecadar fundos, por meio da venda de rifas na internet, para voltar ao Peru e dar continuidade às buscas. Artur cursava artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB) e decidiu suspender os estudos para fazer uma viagem de seis meses para conhecer alguns países da América Latina.
Relembre o caso – O engenheiro e irmão do rapaz, Felipe Paschoali, explicou que Artur ficou um período em Cuzco, onde trabalhava em um restaurante de Águas Calientes, em Machu Picchu. Em seguida, se abrigou em um vilarejo próximo à província, conhecido como Santa Tereza. “No dia 21 de dezembro do ano passado, há exatamente um ano, ele saiu para caminhar e tirar fotos e não voltou mais. Deixou todos os pertences no local onde trabalhava”, relata.
Desde então, o estudante, que sempre mantinha contato com os parentes por meio de uma rede social, deixou de dar notícias e, segundo Felipe, os pais começaram a desconfiar de que algo grave teria acontecido e viajaram para encontrar o filho. “Há um registro na delegacia local, mas não recebemos nenhum tipo de informação. No dia 31 de dezembro, meus pais foram ao Peru sem saber absolutamente nada a respeito. Encontraram uma cidade pequena, acolhedora, mas totalmente muda ante os fatos”, diz Felipe.
Buscas e narcotráfico – Durante quatro meses, Wanderlan Vieira e Susana Paschoali, pais de Artur, ficaram no Peru e acompanharam, de perto, as buscas, mas precisaram voltar ao Brasil depois que todos os recursos financeiros. O casal gastou aproximadamente R$ 80 mil. Enquanto estiveram lá, os pais do estudante percorreram 182 cidades peruanas, próximas a Machu Picchu.
Em agosto deste ano, a família chegou a acreditar que Artur foi vítima de um esquema criminoso e estaria trabalhando como escravo para o narcotráfico. Diversas outras hipóteses também foram levantadas, mas nenhuma delas confirmada até o momento. “A própria Polícia Criminal de Lima nos disse que a escravização de pessoas é fato naquele país”.
Rifa – Sem perder as esperanças, Felipe teve a ideia de criar um perfil no Facebook com o nome "Procurando Artur Paschoali" para vender rifas e a meta é juntar, até 30 de abril, dia em que o estudante faz aniversário, pelo menos R$ 40 mil, para que as buscas sejam retomadas com a presença dos pais.
Neste dia haverá sorteio das rifas, que custam R$ 10 e serão entregues em formato digital assim que o depósito bancário for confirmado. Os vencedores poderão receber um Iphone 5C, um relógio Bulova ou um Playstation 3. “Nosso pedido de ajuda financeira neste momento é para que possamos continuar as buscas, o que inclui investigações, honorários advocatícios e possível resgate, porque as pessoas não desaparecem assim. Não vamos parar enquanto não encontrarmos o Arthur”.
Com informações do R7.