A Polícia Civil prendeu na madrugada desta segunda-feira (2/12), Jeany Mary Corner. Segundo a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Jeany seria uma cafetina que favorecia a prostituição de luxo na capital federal. A operação denominada Red Light, em referência a um bairro de Amsterdam conhecido por ser uma zona de prostituição, também prendeu outras dez pessoas.
Ela ficou famosa há alguns anos quando, durante a CPI dos Correios, ela foi apontada pelo senador Demóstenes Torres (cassado por envolvimento com o crime organizado) como a mulher que conseguia acompanhantes de luxo para políticos que ficam na capital durante três dias na semana.
Há alguns anos, em entrevista ao repórter Gérson Camarotti, do jornal O Globo, ela dizia que os negócios não iam bem. E lembrava com saudades de tempos antigos. Ela organizou festas para o empresário mineiro Marcos Valério, pivô do escândalo do mensalão, e para o advogado de Ribeirão Preto Rogério Buratti, ex-assessor do hoje deputado federal Antonio Palocci (PT-SP).
Ao mesmo tempo em que se transformou numa celebridade – chegou a ser madrinha do bloco carnavalesco Siri na Lata, do Recife – ela viu a sua clientela evaporar.
– Meu negócio precisava de discrição. Depois que fui para os holofotes, todo mundo fugiu. Os amigos do passado, que me ligavam de madrugada, sumiram. As pessoas têm medo de meu telefone estar grampeado- disse, à época.
Com informações da Conexão Jornalismo