Vigilante diz que atitude do jornalista Mino Pedrosa é canalhice, patifaria e mau-caratismo.

Publicado em: 16/10/2013

O deputado Chico Vigilante, líder do Bloco PT/PRB, usou o comunicado de líderes na sessão ordinária desta quarta-feira (16) para se defender dos ataques contínuos que vem sofrendo por parte do jornalista Mino Pedrosa, em sua coluna publicada diariamente no jornal de Brasília e replicada no seu blog. Canalhice, patifaria, velhacaria, mau-caratismo, foram alguns dos termos utilizados pelo parlamentar para classificar a atitude do jornalista.   

A fúria do distrital se deu em razão de uma nota publicada hoje (16), na coluna do jornalista, onde ele ataca o deputado afirmando que uma funcionária do núcleo de comunicação social da  Câmara Legislativa, a quem ele credita um mal comportamento com a imprensa, é “protegida” de Chico Vigilante. “Se essa servidora passar na minha frente eu nem sei que ela é”, afirmou o deputado.

De acordo com o parlamentar, o jornalista parece gostar de achincalhar a honra das pessoas e demonstra preferência por fazer isso com ele. “Fica atribuindo a mim coisas que eu não fiz”, ressalta.

O parlamentar informou ainda que a advogada Lícia Juliane está movendo uma ação de reparação por danos morais contra Mino Pedrosa por conta de ataques que vem sofrendo em sua honra e dignidade com a publicação de notas maldosas na coluna do jornalista.

As notas dão conta que a advogada juntamente com o deputado teria feito um conluio para uma espécie de “golpe da barriga” no intuito de se apropriarem de recursos públicos. Lícia Juliane é ex-funcionária da Câmara Legislativa. O colunista apelidou a advogada de “barriga de aluguel”. Segundo Chico Vigilante, um desrespeito com as mulheres. Na ação de reparação por danos morais movida contra Mino Pedrosa estão anexadas todas as notas publicadas pelo jornalista contra a advogada e o deputado.

Um dos argumentos da advogada no processo de 33 páginas é que em momento algum foi procurada pelo jornalista para ser ouvida. “Não houve preocupação do citado profissional da imprensa em buscar a verdade, em investigar as circunstâncias das nomeações e exonerações da autora. Preferiu o jornalista réu partir para um ataque gratuito, visando contemplar determinados interesses políticos, independentemente do dano ou estrago que poderia fazer na vida pessoal ou profissional da autora e de outros que foram maculados com as publicações ofensivas”, diz um trecho da ação.  

Chico Vigilante informou em seu pronunciamento que Mino Pedrosa é réu em 26 processos no Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), sendo que em um deles foi condenado a quatro meses de detenção por difamação contra o governador do DF Agnelo Queiroz. O jornalista também já foi condenado em 1ª e 2ª instâncias a indenizar e conceder o direito de resposta em um processo. Em outros quatro, foi condenado em 1ª instância a indenizar e conceder direito de resposta.

Mas as ações judiciais movidas contra Mino não param por aí. Para se ter uma ideia, em outros dois processos ele fez acordo com a outra parte se comprometendo a publicar em seu blog e em sua coluna no Jornal de Brasília o direito de resposta, mas não cumpriu completamente o acordo e os processos continuam tramitando. Além dos já mencionados, há mais 18 ações judiciais tramitando nas fases iniciais contra o jornalista. Em dois deles, Mino Pedrosa vem se escondendo para não ser notificado e, portanto, citado.

O que chama a atenção em quase todas as ações movidas contra Mino, é a causa. A maioria por uso indevido de imagem e crimes de calúnia, injuria e difamação.

“Portanto, ele vai ter que responder a mais um processo”, afirma Chico Vigilante com uma cópia da ação movida pela advogada Lícia Juliane contra o jornalista nas mãos. “A resposta a ele está sendo dada aqui. É preciso que fique claro que a honra e a dignidade das pessoas não pode continuar sendo atacada dessa forma deliberada pelo senhor Mino Pedrosa”, protestou Chico Vigilante. “Isso é canalhice. Eu tenho honra e dignidade e jamais faria qualquer coisa desse tipo”, reclama o deputado. E completa que quem plantou esse tipo de notícia deveria responder judicialmente junto com o jornalista.

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