Novo laudo confirma que caldeiras do Hran contaminaram Lago Paranoá

Publicado em: 28/10/2013

Saiu na manhã desta segunda (28) um novo laudo produzido pelo laboratório da Universidade de Brasília (UnB) comprovando que, de fato, as caldeiras do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) provocaram a contaminação do Lago Paranoá há 11 dias. No ano passado, o hospital foi multado em R$ 63 mil, por um vazamento no lago. Como a Secretaria de Saúde recorreu, o processo ainda está em julgamento e o valor não foi pago, mas por ser reincidente, a nova multa foi fixada em R$ 250 mil.

 

Segundo o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Brandão, o novo laudo foi feito após os resultados iniciais terem provocado polêmica. “Nós trabalhamos com dados concretos. Temos o primeiro laudo, fazendo a comparação entre o óleo da caldeira do Hran e o que foi derramado no lago, e este outro laudo, emitido após uma série de questionamentos. Os três resultados não deixam dúvidas de que o vazamento realmente veio do Hran”.  

 

Brandão afirmou ainda que uma vistoria física feita nas galerias de águas pluviais comprovou que o primeiro ponto afetado está ao lado do Hran, o que reforça ainda mais as suspeitas. “A discussão aconteceu porque, naturalmente, quem poluiu faz de tudo para não ser responsabilizado pelo ato”, disse. Para o secretário, a preocupação inicial era identificar a fonte para cessar o vazamento. Depois disso, foi possível fazer a descontaminação no lago e nas galerias, procedimento que começou neste domingo (27). 

 

A pasta garantiu que algumas providências para evitar novos danos ambientais foram tomadas, como a substituição de todas as caldeiras de óleo na capital federal por caldeiras de gás. “Logicamente esse processo pode demorar um pouco porque não temos caldeira no estoque. Mas existem outros planos, como a instalação de uma grande caixa de contenção próximo ao Hran e projeto "Obra Águas do DF", que já sendo licitado pela Novacap para criar um cinturão de proteção em todas as redes de águas pluviais que desembocam no lago”, disse. 

 

Os trabalhos de contenção e limpeza no Paranoá tiveram início no dia seguinte ao surgimento da mancha. Segundo o governo, uma empresa ligada à Petrobras será responsável pelo serviço, que deve ser concluído em novembro. O custo de limpeza do lago está avaliado em R$ 2,5 milhões.

 

Com informações da Agência Brasília.

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