Após o aparecimento de uma grande mancha de óleo, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) interditou um trecho do Lago Paranoá, na região do Iate Clube. O local é tradicionalmente frequentado por banhistas e usado para a prática de esportes náuticos e o tráfego de embarcações. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), inicialmente a interdição será por 15 dias.
Laudos técnicos elaborados pela Caesb e pela Universidade de Brasília (UnB) comprovaram o comprometimento das condições de balneabilidade no trecho do lago, levando risco à saúde dos banhistas. Além disso, a movimentação da água provocada pela passagem de barcos e lanchas pode espalhar ainda mais o óleo. Após esse período, outro exame avaliará as condições da água.
Até o momento, foram capturados três animais afetados pelo óleo: duas tartarugas e uma ave. Eles foram encaminhados ao Zoológico de Brasília.
Caldeira – De acordo com os laudos, o óleo que atingiu o Lago Paranoá, causando uma mancha de 3 quilômetros, vazou de uma caldeira de esterilização do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), na última quinta (17). Na sexta (18), uma segunda mancha, de menor porte, apareceu em outro ponto do lago, próximo à Concha Acústica, local onde são realizados eventos culturais.
Devido ao vazamento, a Secretaria de Saúde do DF foi multada em R$ 280 mil. A Secretaria de Saúde informou que vai se reunir com a empresa responsável pela manutenção da caldeira do Hran para decidir que providências serão tomadas.
Segundo o Ibram, órgão ligado à secretaria, o separador de água e óleo da caldeira estourou e acabou despejando óleo pela tubulação de água pluvial, atingindo o lago. Parte do óleo vazado contaminou o fundo do Lago Paranoá. O órgão informou ainda que os procedimentos de limpeza já foram iniciados. Para evitar que o óleo se espalhe, há 800 metros de barreiras flutuantes e de absorção. A Petrobras está contribuindo com o trabalho de retirada da camada de óleo.
No ano passado, um vazamento de óleo da mesma caldeira também atingiu o Lago Paranoá. Na época, a secretaria foi multada em R$ 63 mil. O processo corre até hoje na Justiça e o valor não foi pago ainda. Brandão informou que em casos como este o próprio GDF pode apresentar recursos durante a análise do caso.
Com informações do R7 e do G1.