Entre janeiro e julho deste ano, a Defensoria Pública recebeu 832 pedidos de ação judicial para conseguir vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Distrito Federal. No entanto, a judicialização não resolve, ao menos de imediato, a questão da falta de vagas. O secretário de Saúde, Rafael Barbosa, lembra que ordens judiciais, infelizmente, não criam leitos de UTI.
Segundo reportagem exibida pela TV Record, Francisco Lopes tem problema no coração e na última segunda (05) foi levado às pressas pela família para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, quando teve uma parada cardíaca. Ele precisa ser internado numa UTI e a família tentou o Hospital de Santa Maria, de Samambaia e Taguatinga, sem sucesso.
A família já foi procurar a Defensoria Pública e no mesmo dia, conseguiu uma liminar determinando que a Secretaria de Saúde do DF providencie imediatamente a internação de Francisco em qualquer hospital da rede pública ou, caso não haja vaga, que ele seja internado na UTI de um hospital particular. A determinação da Justiça não foi cumprida pela Secretaria, que alega a falta de vagas.
Rafael Barbosa afirmou na reportagem que Francisco Lopes está recebendo, na UPA do Recanto das Emas, tratamento em UTI e que nas próximas 24 horas deve ser transferido para uma UTI no Hospital do Gama.
UTIs no DF – De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Rafael Barbosa, após a inauguração de leitos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em junho, o número de leitos na rede pública aumentou para 453.
Ele afirmou na inauguração que recebeu o sistema de saúde “com 206 leitos de UTI criados nos 50 anos de Brasília e, hoje, após dois anos e cinco meses de governo, mais que dobramos essa capacidade com 237 novos leitos em vários hospitais e mais 10 hoje aqui”.