O administrador de Santa Maria, Neviton Pereira Júnior, e o chefe da assessoria de Comunicação da administração, Amilton Pereira da Luz, foram exonerados dos cargos pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, nesta sexta (23), depois que o juiz da 2ª Vara Criminal de Santa Maria determinou o afastamento dos servidores das funções. Os dois estão sendo investigados por suposto conluio para o desvio de verbas de duas festas da região.
Os funcionários são acusados de superfaturar cachês de artistas que participaram da Festa de Carnaval de Santa Maria de 2011 e que participariam da festa de 23º aniversário da região, comemorada em agosto de 2013. Os processos das festas foram apreendidos e encaminhados para a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública do DF (Decap).
A festa do 43º aniversário de Santa Maria, que aconteceria entre quinta e domingo (22 e 25), foi cancelada e os pagamentos aos participantes suspensos até a apuração dos fatos. O governador nomeou nesta sexta (23) o administrador de empresas Erivaldo Alves Pereira no lugar de Pereira Júnior, mas o GDF não informou o nome do novo chefe de comunicação da administração de Santa Maria. Neviton e Amilton não foram localizados para se pronunciar.
Transparência – Segundo o secretário interino de Transparência do DF, Mauro Noleto, os processos e contratos referentes à festa de aniversário de Santa Maria estão passando por auditoria, que deve ser concluída em 15 dias úteis pelo governo. O prazo de apuração pode ser prorrogado pelo mesmo período, caso seja necessário. Noleto não informou os valores dos cachês nem do suposto superfaturamento dos eventos. “O que podemos dizer é que não houve pagamento da festa [de aniversário da região]”, disse o secretário.
Segundo Noleto, caso seja comprovado a participação dos servidores em irregularidades, eles podem ser proibidos de exercer cargos públicos. Se for constatado que houve o pagamento das festas, os envolvidos podem ser condenados a devolver os valores e ao pagamento de multa. Caso as investigações apontem a participação das empresas e artista contratados para os eventos, eles podem ser impedidos de firmar contratos com o Poder Público.
Com informações da TV Record.