O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou nesta quinta (27) que a Administração Regional do Itapoã preste esclarecimentos sobre possíveis irregularidades em contratações de artistas que iriam se apresentar nas comemorações do 8° aniversário da Região Administrativa, realizadas em março. A denúncia destas suspeitas causou a exoneração do administrador Donizete dos Santos, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) no dia 10 deste mês.
Em manifestação contra a Administração do Itapoã, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cita uma matéria publicada na imprensa local, onde o cantor Amado Batista iria receber R$ 400 mil reais para se apresentar durante as comemorações. O valor pago pela administração de Itapoã foi 200% mais alto do que os R$ 135,6 mil que o cantor cobrou para uma apresentação no município de Itapeva, em São Paulo, em setembro do ano passado. Ainda segundo a publicação, em média, Batista recebeu R$ 150 mil das prefeituras nos municípios onde fez apresentações.
Entre as irregularidades apontadas pelo TCDF e MPDFT estão o pagamento de cachês elevados às atrações que se apresentaram no evento e despesas com atividades não essenciais na região. A administração do Itapoã gastou R$ 1.050 milhão com as comemorações do aniversário da Região Administrativa, com inexigibilidade da licitação realizada para a contratação do cantor Amado Batista e das duplas João Lucas e Marcelo, Bruno e Marlow, entre outras atrações.
O tribunal também acatou recomendação do MPDFT e indicou como irregular a quantia destinada a atividades não essenciais em contraste com a carência de serviços públicos na região.
