A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça (11) que vai avaliar as respostas que recebeu da Cetro Concursos Públicos sobre os questionamentos feitos pela agência sobre os problemas ocorridos durante a aplicação das provas do concurso público no dia 2 de junho. O relatório foi entregue nesta segunda (10) e que “as informações prestadas indicam a ocorrência de problemas operacionais e ainda não são suficientes para que se possa avaliar o impacto desses eventos sobre o certame”.
No entanto, o órgão não deu detalhes e disse apenas que “os argumentos apresentados pela Cetro já foram enviados aos membros da comissão do concurso da Anvisa para análise”. O relatório confirma que foram registrados problemas como mudança de local da aplicação sem aviso, folhas de respostas com número menor de questões, avaliações trocadas de turno, atraso na entrega dos cadernos com as questões e até provas violadas em provas aplicadas na Bahia, Distrito Federal, Alagoas e Rio de Janeiro.
Concurso – Os gabaritos provisórios e os cadernos de provas foram divulgados pela Cetro na semana passada e por enquanto, o concurso é válido. A Anvisa reforçou que “adotará todas as medidas para esclarecer os fatos e garantir a transparência e lisura do concurso, em respeito aos mais de 125 mil inscritos”. A Anvisa informou que os candidatos que se sentirem lesados podem entrar em contato com o órgão por meio de sua ouvidoria no telefone 0800 642 9782.
A Cetro Concursos Públicos divulgou comunicado referente à prova da Anvisa em seu site, apenas na segunda (03), informando que “fatos isolados foram observados e são objeto de apuração (…). Tão logo esteja concluída esta averiguação, os candidatos serão informados através deste site”. Até então, nenhuma novidade foi informada.
O concurso da Anvisa oferece 157 vagas para especialista em regulação e vigilância sanitária, 29 vagas para analista administrativo, 100 vagas para técnico em regulação e vigilância sanitária e 28 vagas para técnico administrativo. Os salários vão de R$ 4.760,18 a R$ 10.019,20. Todas as vagas são para Brasília. O concurso recebeu 125.585 inscrições para as 314 vagas.
B.O. – A maioria dos problemas registrados foi motivo de Boletins de Ocorrência. Em Maceió, dezenas de candidatos que compareceram à Escola Moreira e Silva para fazer o concurso público prestaram queixa na Central de Polícia no final da manhã do domingo. Segundo os candidatos, as folhas de resposta das provas estavam com um número de questões menor.
Na Bahia um candidata conta que recebeu pela manhã a avaliação referente ao turno da tarde e o gabarito era diferente da prova. Depois os coordenadores da organizadora do concurso a levaram para outra sala e tentaram impedir que ela saísse da faculdade onde a prova era aplicada, até começar a segunda etapa. A família dela acionou a polícia e ela conseguiu sair da faculdade levando a prova e registrou boletim de ocorrência na 9ª Delegacia.
Candidatos em Brasília reclamaram de atraso na entrega dos cadernos com as questões e que receberam provas violadas. Os transtornos aconteceram em pelo menos dois locais onde as avaliações ocorrem na capital federal. No Rio de Janeiro, candidatos reclamaram que não foram informados da mudança de local da aplicação da prova. Prevista para o Cefet da unidade Maracanã, o local foi transferido para a Escola Vicente Januzzi, na Barra da Tijuca.
As provas objetivas e discursivas foram aplicadas nas cidades de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina, Vitória.
As informações são do G1.