Neste domingo (30) Brasília que abriu a jornada de manifestações “Copa Para Quem?”, terá mais um protesto no Estádio Nacional Mané Garrincha. Os manifestantes se concentrarão na Rodoviária do Plano Piloto a partir das 14h e a previsão é que subam o Eixo Monumental até o estacionamento do estádio. Haverá mobilizações semelhantes em cerca de 30 cidades em todo o país, aproveitando a final da Copa das Confederações.
As pautas de reivindicações estão sendo discutidas em assembleia na tarde de hoje (29). Ao todo, cerca de 200 pessoas participam da reunião, ao lado da Biblioteca Nacional de Brasília. Um contingente de cerca de 30 policiais acompanha a assembleia, mas a reunião segue pacífica, sem incidentes. As discussões foram divididas em cinco eixos: direitos humanos, justiça e criminalização; mídia e comunicação; participação popular e reforma política; transformações estruturais e serviços públicos; e gastos com a Copa do Mundo e uma plenária deve definir qual será a pauta.
Segundo o consultor Thiago Ávila, membro do Comitê Popular da Copa, movimento que critica os gastos públicos nas copas das Confederações e do Mundo, o movimento não compactua com os atos de vandalismo, mas lembra que a repressão da polícia exagerada estimula reações violentas. “Não compactuamos com a criminalidade, mas existe o vandalismo do Estado contra a população. Dá para entender o que faz uma pessoa perder a cabeça ao ser violentada não apenas pelos policiais, mas pelo Poder Público em todos os direitos básicos”, declara.
Ávila cita o protesto no jogo de abertura da Copa das Confederações, quando acredita que a polícia reagiu de forma desproporcional contra os manifestantes, que estavam sentados. Sobre a manifestação de amanhã, ele diz que o Comitê Popular da Copa tentou alugar um carro de som para orientar os manifestantes e coordenar o trajeto, mas a Polícia Militar rejeitou o pedido.
Além da Marcha do Vinagre e do Comitê Popular da Copa, outros movimentos participarão do protesto de domingo (30), como Marcha contra a Corrupção, Dia do Basta e Marcha das Vadias, além de defensores dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (LGBT).
Com informações da Agência Brasil.