Médico do DF é acusado de humilhar paciente epiléptico de 15 anos

Publicado em: 19/04/2013

A família de um jovem de 15 anos que sofre crises de epilepsia acusa um neurologista do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), de ter agredido verbalmente o rapaz durante atendimento. O médico teria xingado de o paciente de "burro", após obriga-lo a preencher o próprio receituário. Além disso, o neurologista teria passado a dose errada da medicação. 

Gisele Assad Macedo, mãe do rapaz, denunciou o neurologista do HRAN na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), onde foi orientada a esperar um prazo de 20 dias para uma resposta. Ela disse que também vai protocolar denúncia junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) e procurar um advogado para orientá-la como proceder.

 

Humilhação – Segundo Gisele, ela levou o filho ao HRAN nesta quinta (18), para buscar uma receita. “Nós fomos buscar a receita para comprar um remédio controlado que ele precisa, mas meu filho foi xingado e humilhado pelo médico”, contou a mulher. Segundo ela, ele mandou o rapaz preencher o receituário e foi xingado de burro e outros impropérios, porque não conseguiu escrever corretamente o nome do medicamento.

 

Ainda segundo Gisele, o neurologista sempre apresentou comportamento extremamente agressivo, mas ela nunca imaginou que “pudesse chegar a esse ponto”. “Ele falou tanta coisa pesada para o meu filho que agora ele está assustado e com medo. Chora o tempo todo”, relatou ele afirmando que devido ao erro de dosagem, terá que voltar ao consultório. “Meu filho precisa da medicação que corresponde a 1,5 comprimido. Ele receitou somente um comprimido e agora vamos ter que voltar lá para pedir uma nova receita”, disse.

 

SES-DF – A Secretaria de Saúde informou em nota que qualquer conduta inapropriada de qualquer profissional é punida com rigor, mas disse que é importante que a denúncia seja registrada na ouvidoria do próprio hospital ou pelo telefone 160. A secretaria explicou ainda que desenvolveu um sistema online para que a denunciante possa acompanhar todas as instâncias da ocorrência até o desfecho da história por meio de um protocolo e que a mãe do paciente terá que aguardar o prazo estipulado para ter um posicionamento oficial.

 

A pasta garantiu que, se for comprovada a veracidade das informações, o servidor poderá sofrer desde uma advertência administrativa ou até a demissão.

 

Com informações do R7.

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