O Governo do Distrito Federal, realizará neste sábado (13), o lançamento da companha de combate à Leishmaniose Visceral, em um evento no estacionamento do shopping Boulevard – fim da W3 Norte -, das 12.00 às 17.00. Um estande fará a coleta de sangue dos cães para diagnóstico e teste rápido de leishmaniose visceral canina (DPP). Com a campanha, o GDF pretende reduzir a incidência da patologia em todo o DF, por meio da conscientização sobre sua transmissão.
Quem passar pelo local poderá obter informações e tirar dúvidas sobre o ciclo de vida do inseto e do animal contaminado. Cerca de 20 profissionais da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), da Secretaria de Saúde – entre médicos veterinários, biólogos e agentes da vigilância ambiental -, promoverão a ação preventiva e educativa.
Vale lembrar que uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª região, derrubou a portaria nº 1.426/08, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que proibia o tratamento da leishmaniose visceral em cães infectados, com produtos de uso humano e recomendava a execução sumária de tais animais. A decisão autoriza que os veterinários possam usar medicações para humanos, o que antes era proibido pela portaria.
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Distrito Federal – Neste ano, até agora, foram feitos 1.667 diagnósticos da doença no Laboratório Central da Secretaria de Saúde. Desse total, 187 exames tiveram resultado positivo. Fercal, lagos Sul e Norte, Varjão, Sobradinho I e II, Colorado e Jardim Botânico são as regiões com maior incidência da doença. A recomendação da secretaria é que toda a população se empenhe em adotar as medidas necessárias para reduzir o risco de transmissão da leishmaniose.
Como a ação é continuada, o GDF já programou um calendário para o mês de maio, com ações educativas e preventivas aos sábados, por meio de campanhas de conscientização e distribuição de panfletos, teste rápido e coleta de sangue canino.
Leishmaniose – A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral e tem duas principais formas: “calazar”, ou leishmaniose visceral; e “úlcera de Bauru”, ou leishmaniose tegumentar americana. Apesar de a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendar a eutanásia como forma de controle da leishmaniose, sugerindo o combate e a vacinação de animais, que aliás é de baixo custo, o Brasil ainda mantém a prática.
Apesar do que muita gente pensa, o cachorro não é o transmissor da doença, que é transmitida ao homem pela picada do mosquito flebótomo, mais conhecidos como mosquito palha ou birigui. Como o cão é o hospedeiro mais estudado, há a crença de que seja o transmissor. No Brasil as áreas consideradas endêmicas são as regiões Norte e Nordeste, por conta da precariedade de condições sanitárias, mas nos últimos anos houve aumento nos registros na Região Sudeste. Campo Grande é uma das regiões consideradas endêmicas.