TCB faz mutirão de reforma dos ônibus do Grupo Amaral

Publicado em: 18/03/2013

No último fim de semana, funcionários do Transporte Coletivo de Brasília (TCB) realizaram um mutirão na garagem de ônibus do Grupo Amaral em Planaltina, no Distrito Federal. Para a ação, foram gastos cerca de R$ 30 mil só em peças, como por exemplo 700 pneus novos e 200 extintores, para os veículos que trafegam pelas regiões de Planaltina, Sobradinho e Plano Piloto. 

Segundo o presidente da TCB, Carlo Koch, que os coletivos com condições mais precárias vão ser deslocados para outras garagens, onde vão passar por uma manutenção mais aprofundada.

 

No início do mês, o GDF informou ter colocado nas ruas mais 50 ônibus para reforçar o transporte coletivo no Paranoá e São Sebastião. Segundo o governo, a oferta de ônibus passou de 45 para 80 veículos em São Sebastião. No Paranoá, havia 35 ônibus circulando e agora são 50 veículos. O GDF resolveu intervir na empresa após constatar que os coletivos que deveriam prestar serviço para o DF, estavam sendo desviados para cidades do Entorno.

 

Intervenção – Desde que o GDF interveio no Grupo Amaral, tomando o controle do Grupo Amaral em fevereiro, os veículos estão passando por fiscalização e manutenção. O GDF assumiu as operações e os controles administrativo e financeiro das empresas Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília, alegando que a medida era necessária para evitar o colapso do sistema de transporte público, já que cerca de 40% estava parada e sem condições de rodar. A operação das linhas está a cargo da TCB, a empresa pública de transportes.

 

Na época, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), disse que não descarta a hipótese de o governo intervir em outras empresas de ônibus. “Esperamos que não seja preciso. Estamos tratando dessas empresas e esperamos que as outras cumpram suas obrigações. Cabe ao governo assegurar o transporte coletivo. Se de alguma maneira isso for comprometido, o governo não hesitará em tomar providências”, disse.

 

Conforme o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório da Silva, há outras empresas de transporte público na mesma situação que a do Grupo Amaral, descumprindo obrigações contratuais e a legislação trabalhista. “Há outras empresas em situação parecida, totalmente sucateadas. Há cooperativas operando com 10%, 20% da capacidade prevista; empresas que não estão cumprindo o contrato com o governo e há ainda o caso de uma grande empresa que também dá sinais de decadência na prestação de serviços, embora ainda em um grau menos acentuado”, afirmou Silva.

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