Pais de Artur Pascoalli continuam buscas no Peru, após quase dois meses do desaparecimento

Publicado em: 14/02/2013

Wanderlan Vieira e Suzana Paschoali, pais do estudante brasiliense Artur Paschoali, de 19 anos, desaparecido no Peru desde o dia 21 de dezembro do ano passado, continuam as buscas pelo filho no distrito de Santa Tereza, próximo a Machu Picchu e só devem retornar ao Brasil quando encontrarem o filho, segundo informações de Filipe Paschoalli, irmão de Artur. Na próxima semana, completam 2 meses do desaparecimento do rapaz e desde que os pais encontraram indícios de que ele estaria vivo, não houve mais nenhuma novidade, mesmo depois de o casal oferecer recompensa para quem tiver notícias do filho. 

Mesmo sem notícias, a família tem esperanças de encontrar o rapaz, que completa 54 dias desaparecido nesta quinta (14). No dia 3, Suzana Paschoali postou no Facebook que havia conseguido falar com autoridades peruanas. “Ontem conseguimos falar pessoalmente com o Ministro do Interior do Peru. Sua função é a de manter a ordem no país. Estava presente o Chefe da policia do Peru PNP (Polícia Nacional Peruana). Falei claramente com os dois que temos fortes suspeitas de que o Artur não desapareceu, mas sim que fizeram algo com ele”, escreveu.

 

Buscas – No dia 20 de janeiro, o Itamaraty informou que as buscas ao estudante brasiliense seguirão por tempo indeterminado. De acordo com o órgão diplomático, as equipes de resgate continuam sem novidades e os trabalhos prosseguem sem previsão de encerramento. As buscas estão sendo feitas por equipe multitécnica com profissionais do Corpo de Bombeiros, policiais, especialistas em resgate em minas e em rios, além de cães farejadores e helicópteros.

 

A equipe de busca, que conta com o reforço de guias voluntários, fez todo o trajeto com a família. Do Brasil, Felipe tem coordenado correntes de oração de hora em hora via facebook, junto com amigos e pessoas que simpatizaram com a causa. Ele acredita que em breve verá Artur. Felipe comentou na rede social que o grupo mexicano "Topos", especializado em resgate em situações de emergência, como terremotos e desaparecimentos, iria enviar duas pessoas para auxiliar nas buscas.

 

Indícios – Em 16 de janeiro, Felipe Paschoali postou em redes sociais relatos de que os pais acreditam ter encontrado pistas de que o rapaz está vivo e circulando pela região do distrito de Santa Tereza, perto de Cuzco. Wanderlan e Susana encontraram meias e algumas roupas queimadas e acreditam que o filho possa estar em fuga, mas não sabem o motivo.

 

Entre os indícios, os pais encontraram uma fogueira apagada perto de uma construção de uma hidrelétrica, e acreditam que tenha sido feita pelo estudante e que ele esteve escondido nesse local, onde segundo um guia da região, não costuma haver circulação de turistas. Além disso, foi encontrada uma pilha de pedras, semelhante às que o jovem costuma fazer.

 

Outra pista seriam as pegadas de um cão e latas de atum, já que dentre os testemunhos de pessoas que dizem ter visto alguém com as características do rapaz após o desaparecimento, está o de uma comerciante que diz ter visto o jovem com dois cães e que ele tinha comprado exatamente atum para alimentar o animal.

 

Entenda – Segundo relatos, Artur Paschoali saiu no dia 21 de dezembro para tirar algumas fotografias nos arredores do distrito de Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, no dia 21 de dezembro e desde então não voltou nem deu notícias. O coronel Ronal Bayona, chefe da Divisão Policial de La Convención, informou que a polícia do Brasil se somou às buscas, junto com um conselheiro da Embaixada do País, assim como um helicóptero da Força Aérea peruana, que vai sobrevoar zonas de difícil acesso, além de uma equipe multitécnica com profissionais do Corpo de Bombeiros, policiais, especialistas em resgate em minas e em rios, além de cães farejadores.

 

Segundo o coronel, há muitos relatos de pessoas que afirmam ter visto o rapaz com vida, depois do dia 21 de dezembro, acompanhado de dois cães pretos. A família não perde a esperança de encontrá-lo vivo. Wanderlan Vieira e Susana Paschoali, que estão em Santa Teresa, assinalaram à polícia que o rapaz é muito espiritual e gosta de ficar sozinho, portanto não descartam que ele tenha se isolado para meditar.

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