Não era o Lion, que segue sumido, mas o Toffe achou seus donos

Publicado em: 19/02/2013

Já virou uma novela a história do Lion, o cãozinho extraviado pela empresa aérea TAM. O casal veio de Praia Grande em São Paulo para Ceilândia no Distrito Federal, nesta terça (19), para reconhecer o cão que poderia ser o deles, que sumiu durante conexão de um voo da TAM em Brasília. Ao ver o cãozinho que podia ser Lion, Jenyfer Rodrigues chorou e disse: “Não é o meu bichinho”. Em compensação, o dachshund que foi confundido com o dela era o Toffe e reencontrou a família, que era de Ceilândia mesmo. 

A novela de Jenyfer começou quando ela e o marido se mudavam de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul para Praia Grande, no dia 11 deste mês e a TAM perdeu animal que estava no compartimento de carga da aeronave. O animal teria desaparecido durante a conexão aérea em Brasília. A TAM não se manifesta sobre o assunto e se limita a dizer que “está apurando o caso”. O casal disse que não vai desistir de encontrar o cachorro.

 

Jenyfer disse que veio a Brasília disposta a adotar, mesmo se não fosse o dela, mas desistiu. “A gente tinha pensado em adotar, em levar mesmo se não fosse o Lion. Só que tendo essa pessoa que diz que é dela e eu sabendo a dor que é, não vou levar. Não vou fazer isso com outra pessoa”, disse entre lágrimas.

 

Toffe – Segundo a estudante Ana Carolina Freire, ela e o irmão, Vítor perderam o cão de estimação, Toffe, na última quarta (13), quando passeavam em uma quadra vizinha ao local onde o animal apareceu. “Ele estava sem coleira e se perdeu da gente quando estávamos perto da nossa casa, no comércio. Era a primeira vez que ele andava fora de casa”, conta a estudante.

 

Toffe também tem seis dedos nas patas traseiras, característica divulgada pela dona de Lion e foi reconhecido pela família nas reportagens divulgadas na imprensa nesta segunda (18). “Meu irmão veio até a casa e vimos pelo portão que era o Toffe, mas não tinha ninguém em casa”, afirma Ana Carolina.

 

Maria Rodrigues de Araújo encontrou o Toffe na última quinta (15), na porta da casa dela. A filha ficou apaixonada pelo cachorro e quis colocá-lo para dentro, mas Maria não deixou. No dia seguinte de manhã, a senhora deu de cara com o cãozinho mais uma vez. “Ele ficava seguindo as pessoas que estavam indo trabalhar, sem rumo. Ele estava perdido. Coloquei ele para dentro por pena e ele não saiu mais”, disse Maria, que tentou descobrir o nome chamando o bichinho de diversas maneiras. “Bidu, Hique, Kiko, Marrom, Chocolate, cada um chamava de um nome, mas ele não atendia”, explicou.

 

 

Direitos – Segundo informações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IBDC), em um caso semelhante, o do cão Pinpoo, que foi embarcado no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), mas não chegou ao destino, em Vitória (ES) porque teria fugido, segundo a companhia aérea, não há dúvidas sobre a responsabilidade da companhia aérea.

 

Pinpoo ficou 9 dias desaparecido após “fugir” durante o transporte feito pela Gollog.  “Caso os funcionários entendessem que a caixa de transporte não era adequada, não poderiam permitir o embarque, assim como não permitem o de malas abertas ou rasgadas”, explicou Sylvia Mendonça do Amaral, advogada da área cível e especialista em indenização e afirma que cabe reparação financeira a título de danos morais e materiais. Já o advogado Lucas Cabette Fabio, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), explica que o cachorro estava sob responsabilidade da companhia aérea e tinha de ser entregue em boas condições.

 

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