Chico protesta contra decisão da Justiça de fechar cantinas nas escolas públicas

Publicado em: 19/02/2013

O deputado Chico Vigilante usou o comunicado de líderes, na sessão ordinária desta terça-feira (19), para protestar contra uma decisão da 2ª Vara de Fazenda Pública de fechar as cantinas nas escolas da rede pública. A decisão estabelece um prazo de 45 dias para a desocupação dos espaços pelos cantineiros. 

Contrariado com a decisão definida de “injusta”, o parlamentar apresentou uma moção contra o fechamento dos espaços e pediu a solidariedade dos deputados distritais. A maioria dos parlamentares se manifestou em plenário e todos se mostraram favoráveis à iniciativa do deputado Chico Vigilante.

“280 mil famílias tiram seu sustento desta atividade no Distrito Federal”, observou Chico Vigilante. São pais e mães, muitas vezes, famílias inteiras que trabalham nas cantinas. A maioria delas há 10,15,20 anos.  

O deputado protestou também contra o argumento oferecido para a apresentação da liminar: possível bullyingque algumas crianças estariam sofrendo por não poder pagar pelo lanche. 

“Se formos olhar por este ângulo, seguir esta tese de bullyng, teríamos que mandar fechar todos os shoppings Center, os comércio das rodoviárias, por onde muitas crianças perambulam e não têm dinheiro nem para comer um pão de queijo, teríamos que proibir a circulação das crianças pelas ruas do Distrito Federal”, argumentou Chico Vigilante. E completou: “Esta tese é esdrúxula. Absurda. É uma tese de quem parece nunca ter visto um trabalhador na frente”.  

O parlamentar observou também que todas as recomendações feitas para regularização da ocupação dos cantineiros dentro das escolas da rede pública foram seguidas à risca por eles. “Está tudo em dia, eles pagam a luz e pagam a água”. O deputado ressaltou que conhece a realidade desses trabalhadores e a dificuldade em que eles vivem. O deputado foi taxativo: “Se eu fosse o secretário de educação do DF hoje, embora eu não tenha a menor pretensão disso, é bom que fique claro, eu ia preferir ir pra cadeia a ter que cumprir essa decisão”.

A moção será encaminhada pela Câmara ao governador do DF Agnelo Querioz  para ele recorrer da decisão. 

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