Um técnico de enfermagem foi preso em Brasília nesta terça (29), suspeito de abusar sexualmente de uma paciente cega que está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital particular Santa Helena. A assessoria de imprensa do hospital afirmou em nota que colabora com as investigações e alegou que o técnico apresentou certidão negativa de antecedentes criminais. Ainda segundo o Santa Helena, a paciente permanece internada no hospital, "recebendo toda a assistência médica necessária".
O suspeito foi levado para carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) nesta quarta (30) e negou que tenha violentado a paciente em depoimento, segundo o delegado-adjunto da 2ª DP, Waldek Fachinelli Cavalcante. “O procedimento médico requer alguns contatos íntimos, mas não ao ponto que chegou. Ele foi muito além do tratamento. Ele negou o crime, mas houve contradições e o relato da vítima foi rico em detalhes. Temos certeza que ela foi molestada”, afirmou Cavalcante.
O caso – A família da paciente, uma mulher de 25 anos com vários problemas de saúde e que está tratando uma diabetes, denunciou o caso à polícia. Conforme a vítima, nesta terça (29), ela estava sendo atendida pelo técnico de enfermagem e na hora da aplicação de um creme para evitar escaras, o suspeito teria passado a mão nos seios e vagina dela. Em estado de choque, ela tentou acionar outros profissionais para relatar o ocorrido, mas toda vez que tocava uma campainha que há na UTI, o mesmo técnico aparecia e ela só conseguiu pedir ajuda quando uma copeira entrou no leito.
Ao contrário do que alegou o Santa Helena, o técnico de enfermagem tem passagem por porte de drogas e vai responder agora por estupro de vulnerável, crime com pena de 8 a 15 anos de reclusão.
Veja a íntegra da nota do Hospital Santa Helena:
"Com relação à suspeita de um técnico de enfermagem ter molestado uma paciente no dia 29 de janeiro de 2013, o Hospital Santa Helena esclarece que tem prestado toda a colaboração à equipe da Polícia Civil, responsável pela investigação do caso. Em razão da prisão em flagrante, o funcionário em suspeição foi demitido. Ressalta que na ocasião de sua admissão, o técnico apresentou Certidão Criminal, que indicava a inexistência de antecedentes criminais. A paciente permanece internada no hospital, recebendo toda a assistência médica necessária."