Bebê que nasceu após morte da mãe completa dois meses e segue internado

Publicado em: 15/01/2013

Ainda está internado o bebê que nasceu após a morte da mãe, assassinada com um tiro da cabeça em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal. Nesta terça (15) a menina completa dois meses e permanece em coma e respirando com ajuda de aparelhos, com quadro neurológico inalterado, segundo nota divulgada pela secretaria de Saúde do DF.

A mãe da criança, uma adolescente de 12 anos, estava com oito meses de gestação quando foi atingida no dia 15 de novembro por cerca de sete tiros em frente à casa de uma vizinha, em Águas Lindas. Um parto de emergência foi feito no Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas e a criança, que nasceu com 45,5 centímetros e 1.815 gramas, foi transferida para o hospital de Ceilândia com parada cardiorrespiratória. Antes de nascer, o bebê sofreu de asfixia perinatal, quando há falta de oxigênio antes do parto.

O crime – No dia 15 de novembro passado, Clara Elize Araújo França, que completaria 13 anos em dezembro e conversava com três amigos sentada na calçada de casa, quando dois homens passaram em um carro branco e dispararam diversas vezes contra a adolescente. Segundo a polícia, a menina tentou fugir, mas um dos tiros acertou-lhe a cabeça. Bombeiros chegaram a prestar os primeiros socorros no local e levaram Clara em estado grave ao hospital em Águas Lindas, mas ela morreu assim que deu entrada. Uma cesárea de emergência foi feita para salvar o bebê.

 

No dia 17 de novembro, a Polícia Civil prendeu o autor dos disparos, um menor de 17 anos, que segundo o Delegado Fernando Gama, foi reconhecido pelas testemunhas que estavam na hora do crime. O acusado assumiu a autoria, mas disse que não tinha intenção de matar a garota e que vinha sendo ameaçado por outro grupo de adolescentes, que estavam com a garota.

 

Segundo o acusado, no dia do crime ele passou pelo local onde estava o grupo e um dos rapazes que estava com Clara Elize tinha puxado uma arma de fogo para disparar contra ele, que revidou. O menor contou que jogou a arma do crime no matagal, mas a arma não foi localizada. Ele foi apresentado ao Ministério Público em Formosa.

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