Continuam as buscas pelo brasiliense Artur Pachoali, desaparecido no Peru há 24 dias. O pai do estudante informou que vai contratar guias para ajudar nas buscas pelo rapaz. De acordo com Wanderlan Vieira, serão contratados seis guias peruanos para percorrer os prováveis caminhos do mochileiro. De acordo com informações do irmão do jovem, Felipe Paschoali, o período de chuvas tem dificultado bastante as buscas. Os pais estão no Peru e já chegaram a oferecer recompensa por quem tiver notícias do filho.
Segundo o jornal peruano La República, sem resultados nas buscas por toda a parte baixa de Santa Teresa e nas margens do rio, os trabalhos foram intensificados por céu e terra. O coronel Ronal Bayona, chefe da Divisão Policial de La Convención, informou que a polícia do Brasil se somou às buscas, junto com um conselheiro da Embaixada do País, assim como um helicóptero da Força Aérea peruana, que vai sobrevoar zonas de difícil acesso, além de uma equipe multitécnica com profissionais do Corpo de Bombeiros, policiais, especialistas em resgate em minas e em rios, além de cães farejadores.
Segundo relatos, Paschoali saiu no dia 21 de dezembro para tirar algumas fotografias nos arredores do distrito de Santa Teresa, próximo a Machu Picchu, no dia 21 de dezembro e desde então não voltou nem deu notícias. “A grande dificuldade para sobrevoar em helicóptero nas zonas altas de Santa Teresa, onde teria caminhado o turista, é o mau tempo, mas confiamos que nos próximos dias o clima melhore”, afirmou Bayona. Segundo o coronel, há muitos relatos de pessoas que afirmam ter visto o rapaz com vida, depois do dia 21 de dezembro, acompanhado de dois cães pretos.
A família não perde a esperança de encontrá-lo vivo. Wanderlan Vieira e Susana Paschoali, que estão em Santa Teresa, assinalaram à polícia que o rapaz é muito espiritual e gosta de ficar sozinho, portanto não descartam que ele tenha se isolado para meditar.
Brasileiro encontrado – Nesta segunda (13) o brasileiro Claudinei Monteiro foi resgatado no Peru com vida, após três dias desaparecido. Ele foi encontrado em uma fenda de 300 metros de profundidade na montanha Churup, no Parque Nacional Huascarán, em Huaraz e precisou ser encaminhado ao atendimento hospitalar, por apresentar lesões corporais.
Em sua página no Facebook, Claudinei pediu desculpas. “Desculpe pelo transtorno que causei a todos. Fui apreciar umas geleiras e, quando era hora de voltar, já havia escurecido. Resumindo, escorreguei em um lugar onde não havia como sair. Não sofri nenhum dano. Eu tinha esperança de sair de lá pois havia uma estrada bem longe, onde passavam pessoas. Dormi duas noites molhado, e [estava] muito frio. Tinha um pouco de alimento e água. Isso me ajudou”, relatou.
Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, em 2012 foram recebidos 980 atestados de óbitos de brasileiros que residiam no exterior e perderam a vida das mais diferentes formas. O número é reunido pelas embaixadas e consulados espalhados pelo mundo e pode ser inferior ao dado real, já que se um brasileiro morrer longe de sua terra natal e nada for comunicado, ele não entrará na estatística oficial.
Conforme o ministério, foram gastos R$ 2,2 milhões no ano passado com casos de desaparecimento, entrada negada em outros países, detenção em aeroportos, auxílio a doentes e assistência humanitária a presos, entre outros.