As buscas pelo mochileiro brasiliense Artur Paschoali, que desapareceu nas redondezas do distrito de Santa Tereza, perto de Machu Picchu no Peru ganharam um reforço, além das equipes especializadas em resgates em montanhas e rios que escrutinam as montanhas em busca do rapaz. São as redes sociais, onde será possível a troca de informações. Uma delas é a página "Vamos achar o Artur / #FindArtur" no Facebook.
A iniciativa é de Luan Freitas, um amigo da família. Segundo o irmão de Artur, o engenheiro civil Felipe Paschoali e a ideia é fazer com que as buscas pelo rapaz ganhem reforços. “Convide todos os seus amigos a assistirem! Convide todos os seus amigos a compartilhar a mensagem! Vamos fazer essa corrente chegar ao Peru!”, diz a página do evento. Com isso, Felipe espera obter algum tipo de informação que possa ajudar a encontrar o irmão.
Segundo ele, as buscas pelo irmão estão difíceis. A polícia do Peru está se mostrando solícita, mas o efetivo é pequeno. “São oito policiais, cinco voluntários, meu pai e minha mãe, num total de 15 pessoas. A área é muito vasta, está muito complicado”, disse.
Entenda – Artur Paschoali, de 19 anos cusra Artes Cênicas na Universidade de Brasília (UnB) e viajava com amigos pela América Latina. Ele decidiu não partir com os amigos para a Guatemala e ficou em Santa Teresa, distrito próximo a Machu Picchu, na região de Cusco, e desapareceu no dia 21 de dezembro.
A família passou a se preocupar quando ele passou as festas de fim de ano sem fazer contato. “Ele estava trabalhando num restaurante em Santa Teresa, em troca de alimentação e hospedagem e um tanto em dinheiro. Ele estava dormindo na casa do dono do restaurante. No dia 21, às 16h, ele saiu para tirar umas fotos. Saiu só com a câmara fotográfica, de shorts, deixou todas as coisas dele em casa. Desde então não temos notícia”, diz o irmão.
O local onde Artur disse que ia antes de desaparecer faz parte da rota de turismo na região de Machu Picchu e mochileiros costumam percorrer trilhas pela mata e pelas montanhas. A polícia teme que o adolescente tenha caído no rio Urubamba e sido levado pela correnteza. As trilhas oficiais já foram vasculhadas e há a suspeita que tenha se perdido em uma trilha alternativa, caído e se machucado.
Buscas – De acordo com o Itamaraty, cães farejadores ajudarão a equipe da polícia peruana que faz as buscas. A Embaixada do Brasil em Lima está dando suporte e auxiliando nas buscas, distribuindo fotos e informações sobre o Artur para guias turísticos, agentes de viagens e população local.
Além disso, o encarregado de negócios brasileiros em Lima vai se reunir com o ministro do Interior do Peru para discutir quais providências adicionais podem ser adotadas. Segundo a família, no início o Itamaraty pareceu pouco empenhado, mas agora está fazendo tudo que é possível.
Os pais de Artur estão no Peru e recebem apoio do adido policial da Embaixada e do cônsul honorário do Brasil, na região de Cusco. Além disso, o diplomata Carlos Garcete foi designado para ir até Lima para acompanhar os trabalhos e agilizar as buscas e deve ficar por lá até a solução do caso.