“Isso aí é o ridículo do ridículo”, disse o Sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, presidente em exercício da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) sobre a proposta de reajuste de 15,8% para os policiais militares, civis e bombeiros, cujo pagamento seria feito em três anos, a partir de 2013, anunciada nesta quinta (20) pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
De acordo com Wilmar Lacerda, secretário de Administração do DF, o reajuste será pago com verba do Fundo Constitucional, que é repassado pela União para a manutenção das áreas de segurança, saúde e educação do Distrito Federal. A Aspra Rejeitou a proposta. A categoria reivindica 66,8%, o equivalente ao reajuste acumulado dos últimos cinco anos do Fundo Constitucional. “Ele [Lacerda] articulou sozinho isso aí, não se comunicou com ninguém”, afirmou o sargento Barbosa.
Segundo Barbosa, a proposta vai ser apresentada na próxima assembleia da categoria, marcada para 7 de fevereiro. Segundo ele, a associação representa 6 mil policiais e bombeiros. O GDF tem 15 mil policiais ativos. Somados os inativos, a categoria chega a 22 mil pessoas, disse.
Outras categorias – Wilmar Lacerda disse que espera chegar a um acordo com os servidores da área da educação e da saúde. Segundo ele, as três áreas são consideradas essenciais pelo GDF. Os servidores dessas áreas pressionam por reajuste desde o primeiro ano de governo de Agnelo Queiroz. Lacerda disse ainda que o GDF deve contratar 4 mil novos servidores para a área de saúde em 2013 e 2014. Na área de segurança, a proposta é a contratação de mais 320 bombeiros e 5 mil policiais civis e militares.
O presidente do Sindicato dos Médicos, que reúne 5 mil associados da rede pública e privada, Gutemberg Fialho, disse que a categoria só deve voltar a negociar com o governo em janeiro. “Não tem proposta concreta nenhuma. Houve encontro [com o GDF], mas não tem número fechado. (…) Quanto às outras categorias, eu não sei. Mas sobre os médicos há um impasse ainda”, afirmou Fialho.
Lacerda Segundo o secretário, a negociação mais difícil tem sido com os servidores da área de educação. Ele não falou o que impede a negociação, mas afirmou que espera também conseguir a aprovação da categoria para a proposta do aumento escalonado nos próximos três anos. A assessoria do sindicato dos servidores informou que não aceita a proposta de 15,8% feita pelo governo. Segundo o sindicato, a proposta não existe porque não foi apresentada aos professores.
Com informações do G1.