Uma parceria da Secretaria de Cultura do Distrito Federal e o Instituto João Goulart irá dar a Brasília mais uma obra criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Trata-se do Memorial da Liberdade Presidente João Goulart. Os dois órgãos assinaram convênio de cooperação para uso do lote criado situado na Praça Municipal, Eixo Monumental Leste, a oeste da Praça do Cruzeiro, na região Central de Brasília, onde será erguido o Memorial.
O convênio assinado nesta sexta (07) estabelece a mútua cooperação, para fixar os termos e condições para a construção e gerenciamento do Memorial da Liberdade que tem objetivo de resgatar e preservar a memória nacional relativa ao momento histórico em que se deu a interrupção do regime democrático e instalação do regime militar no Brasil.
Para o filho mais velho de Jango, João Vicente Goulart, a assinatura significa a oportunidade de contribuir para a história do País. “Preservando a memória do estadista João Goulart, colhendo, de experiências fecundas, o ânimo necessário à redenção de nosso povo – tão merecedor quanto esperançoso – pelo qual Jango tanto lutou e morreu”, disse.
Já o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira falou da importância de que o cidadão brasileiro conheça a sua história. “Temos sempre que exaltar a luta desse presidente que sempre trabalhou pela democracia do nosso País”, lembrou Pereira.
Jango – João Belchior Marques Goulart, foi presidente do Brasil tendo assumido em 7 de setembro de 1961 na vaga deixada por Jânio Quadros e governou até ser deposto pelo Golpe Militar em 1º de abril de 1964. Antes disso, tinha sido vice-presidente de Juscelino Kubitschek entre os anos de 1956 e 1961. Teve um mandato conturbado e marcado pelo confronto entre diferentes políticas econômicas para o Brasil, conflitos sociais e greves urbanas e rurais.