Desocupação da Fazenda Gama corre tranquilamente, mas só deve terminar na quarta

Publicado em: 03/12/2012

A desocupação da Fazenda Gama, atrás do Catetinho e do Setor Park Way, começou nesta segunda (03) e corre tranquilamente até o momento. A ação é comandada pela Secretaria de Governo do Distrito Federal, com apoio da Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social (Seops) e da Polícia Militar do DF. Segundo a Secretaria de governo, a ação deve ser concluída em dois dias.

A Terracap apresentou nesta segunda (03) uma ordem judicial de despejo para que as 1,3 mil famílias que estavam acampadas na área de 4.093 hectares deixem o local, que é área de preservação ambiental, segundo o GDF. Os acampados prometeram resistir à ordem judicial, segundo a porta-voz do MST, Petra Magalhães. A saída foi decidida entre as lideranças do movimento e a Ouvidoria Agrária Nacional durante reunião realizada nesta manhã. “Vamos garantir o nosso combinado. Decidimos sair pacificamente e não entrar em confronto porque não queremos colocar as famílias pra brigar. Sabemos a hora de bater de frente e a hora de recuar”, disse o líder do MST Edimar Tavares.

 

Por meio de nota o GDF disse que “reafirma o compromisso com a luta por reforma agrária no DF e preza pelo diálogo permanente com os movimentos organizados. Por isso mantém as negociações com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST-DF) e Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MATR-DF), no Fórum Distrital de Política de Reforma Agrária, instância do GDF criada para discutir soluções relativas ao campo. Informamos ainda que o Governo do Distrito Federal não admite qualquer tipo de ocupação irregular e não medirá esforços para coibir este tipo de conduta”.

 

A área de 4.093 hectares é reivindicada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e foi ocupada em agosto por famílias de trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Algumas pessoas já deixaram o local, mas ainda não há um levantamento de quantas pessoas já desocuparam. Somente após a saída de todas as famílias, será iniciado o trabalho de demolição das construções irregulares.

 

Segundo Edimar Tavares, as famílias ainda não têm para onde ir, mas o movimento tem capacidade de se organizar internamente para abrigar os manifestantes. A fazenda tem 4.093 hectares e, de acordo com o MST, 1,3 mil famílias acamparam no local, durante o último mês de agosto. 

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