A Polícia Civil do Distrito Federal quer tirar das prateleiras “O livro maldito”, que ensina práticas criminosas e já entrou com uma representação na Justiça para que os exemplares sejam apreendidos no comércio local. Na capa, logo abaixo do título, o livro traz a mensagem “tudo o que precisa saber se não for um Mané” e um selo que diz: “conteúdo 100% perverso”. O documento apresentado à Justiça aponta uma série de lugares que vendiam o livro, mas o juiz Francisco Antonio Alves rejeitou o pedido.
A publicação, considerada pela polícia como um manual do crime, tem capítulos com “dicas e macetes” explicando como assaltar bancos e abordar vítimas armado com uma faca e linguagem voltada para o público juvenil. O livro conta com ilustrações de algumas das práticas. Chama a atenção na publicação partes que trazem descrições de como abrir uma fechadura, assaltar um banco, passar em detector de mentiras, forjar a própria morte, falsificar dinheiro e até contrabandear drogas.
O autor é o publicitário Christopher Lee Barish, cujo nome na internet não conta com informações precisas, o que pode ser um indício de que o verdadeiro responsável pelo conteúdo use um codinome. O conteúdo gera polêmica em vários trechos, como em um que diz sobre ter uma amante para poder bater nela.
Para a deputada distrital e presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa, Celina Leão, há violações criminais no conteúdo do livro e que a Casa irá tomar uma atitude contra o produto. “Vamos pedir uma representação no Ministério Público Federal, pois a publicação é nacional”, afirma.
No material de divulgação do produto, a editora Best Seller diz que o livro é o “resultado bem-humorado de uma pesquisa realizada pelo publicitário Christopher Lee Barish, um curso completo com todas as artimanhas, jogatinas e ilicitudes necessárias para ser considerado um ‘homem mau’”.
Com informações do R7-DF.