Depois de meses de seca, chove e o DF não está preparado

Publicado em: 06/11/2012

A chuva que cai desde a noite desta segunda (05), se estendeu pela madrugada e segue na manhã desta terça (06), deixou vários pontos alagados no Distrito Federal e trouxe a já costumeira falta de energia em alguns pontos do DF. Na Asa Norte, água até a cintura dos Bombeiros que foram resgatar pessoas ilhadas em carros. Só não se pode dizer é que nada disto estava previsto e que houve alguma mudança nas áreas de risco e de alagamentos costumeiros afinal, conforme Câmara em Pauta avisou ainda em setembro, só não há previsão para as obras de prevenção a desastres e transtornos advindos das chuvas, durante o período de seca e o DF continua com a mesma infraestrutura do ano passado.

Vale ressaltar que segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o volume de chuvas foi 16% menor que em 2011, mas em outubro, o índice pluviométrico deve ser maior que o do ano passado, quando a média diária foi de 8,79 milímetros e a estimativa para este ano é de que supere os já registrados 9,8 mm.

 

Transtornos – A Asa Norte é um dos pontos do Plano Piloto que mais registra alagamentos e transtornos por conta das chuvas e por conta desta última, próximo a 102 Norte, a pista ficou coberta pela água e em alguns trechos foi impossível passar com o carro, o que fez com que motoristas desviassem pelo canteiro central.  Na 115 Norte o problema foi um pouco maior e alguns carros ficaram submersos, deixando pessoas ilhadas na tesourinha e os bombeiros que foram ajudar as vítimas ficaram com água na cintura.

 

Na 711 Norte, a água invadiu o subsolo de um dos edifícios. No local mora uma família e parte da parede se soltou e tudo foi perdido, mas ninguém ficou machucado. Na W3 Norte, perto da 511, passageiros ficaram presos dentro do ônibus e os bombeiros arrancaram o vidro do veículo, usando uma maca improvisada para retirar os pelo menos 40 passageiros, que estavam no ônibus havia mais de uma hora.

 

Os Bombeiros receberam diversos chamados de emergência, como uma chamada em um hospital na Asa Norte. “A ocorrência entrou como alagamento no hospital. Vítimas acamadas e já com água subindo”, contou a tenente Juliana Costa, do Corpo de Bombeiros, sem dizer qual é o estabelecimento. Segundo ela, uma das recepções foi isolada, na outra, funcionários retiravam a água dos corredores.

 

Obras – A Secretaria de Obras chegou a apresentar o Programa Águas do DF, cujo edital foi publicado no primeiro semestre e previa o reforço na rede pluvial em pontos de Taguatinga e no Plano Piloto onde é conhecida a susceptibilidade aos alagamentos, mas um questionamento do Tribunal de Contas do DF e Territórios (TCDFT) em relação à falta de divisão dos lotes de serviço e à documentação suspendeu o processo na fase de pré-qualificação das áreas do centro da capital e mesmo que fosse liberado hoje, as obras não deverão ficar prontas a tempo de evitar os transtornos.

 

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