Mesmo sem projeto, CLDF realiza audiência sobre PPCUB

Publicado em: 16/10/2012

A Câmara Legislativa começou a debater nesta terça-feira (16) o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). Parlamentares, membros do GDF e representantes de entidades de classe relataram suas preocupações com o projeto que trata de temas polêmicos como a construção da Quadra 901 Norte, o aumento no gabarito de hotéis e a retirada de pousadas das quadras 700, na Asa Sul.

Vice-presidente da Comissão de Cultura da CLDF, a deputada Eliana Pedrosa (PSD) ponderou que o texto do Projeto de Lei Complementar do PPCUB ainda não chegou à Câmara. Segundo ela, a grande discussão se dará quando o GDF mostrar o que realmente quer com o PPCUB. “Não podemos deixar que a briga de empresários paute o debate na Casa. Temos de nos preocupar com o adensamento que as mudanças trarão ao Plano Piloto. Estamos preparados no que diz respeito ao trânsito ou à mobilidade?”, questionou Eliana.

Hoje, a minuta do PLC prevê aumento de gabarito para 10 andares de hotéis que hoje não passam de quatro andares. A construção da 901 Norte é outra polêmica. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que avaliou o tombamento da cidade, recomendou que não sejam construídos novos hotéis na região.

Morador da Quadra 707 Sul, Cosme Alves reclamou da presença de pousadas em áreas residenciais. “É ruim ter esse tipo de comércio perto de nossas casas”, disse. A representante da Associação das Pousadas do DF pediu prolongamento no prazo para que saiam da região. Pelo PPCUB, o prazo é de um ano a partir da publicação da lei.

Autor do pedido de audiência, o deputado Cláudio Abrantes (PPS) informou que esta é a primeira de outras audiências públicas que ocorrerão durante a tramitação do PLC na Casa. “Vamos exaurir o debate e chegar o mais perto possível do que a sociedade espera”, garantiu.

O secretário de Habitação do DF, Geraldo Magela, garantiu que o PLC do PPCUB chegue à Câmara Legislativa até a próxima segunda-feira (22). Ele afirmo que o Executivo aguarda a sanção da lei que atualiza o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) para encaminhar o texto aos deputados.

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