O Metrô do Distrito Federal transporta 130 mil pessoas por dia, número quatro vezes menor de pessoas que o sistema no Rio de Janeiro, que transporta 645 mil. Além disso, o DF tem a metade do número de estações do que o Rio: são 42 km de extensão e 24 estações aqui e 45 estações em 46 km de trilhos. Mesmo assim, os gastos com manutenção são mais que o triplo do que os gastos com o Metrô do Rio de Janeiro.
O DF tem um gasto anual de R$ 108 milhões com manutenção. Já no Rio R$ 31 milhões são gastos por ano, o que significa uma diferença de 248,3%. O diretor de operação do Metrô-DF, Fernando Sollero, justifica que o gasto em Brasília é maior, porque cobre o reparo de trens, dos trilhos, da mão de obra e da conservação das estações. “Nós temos a felicidade de ter órgãos de controle que nos acompanham, externos, como o Tribunal de Contas, e outros órgãos que nos acompanham nesse contrato. Eles vêm atrás dos mínimos detalhes e dizem que está tudo razoável com esse contrato”, disse.
Licitação – A empresa responsável pela manutenção do Metrô do DF, a Metroman, foi escolhida por meio de licitação em 2007 e o contrato, que vence nesta semana, será prorrogado até que uma nova licitação seja realizada. O edital chegou a ser divulgado em agosto, mas foi suspenso pela própria direção do Metrô para receber modificações. A expectativa é que seja divulgado em outubro e a estimativa é de que haja um aumento no valor, que deve passar para R$ 134 milhões.
A empresa Metroman não se manifestou sobre os números. Já o Sindicato dos Metroviários defende que a manutenção seja feita por servidores do Metrô. “O empregado concursado tem mais comprometimento com a população, enquanto que uma empresa terceirizada visa o lucro”, disse o diretor do Sindmetro-DF, Leandro Santos.
Melhorias –Em julho, o transporte público do DF recebeu abertura de crédito de R$ 41,4 milhões para modernização dos trens do Metrô-DF e para a construção de terminais de ônibus – em Ceilândia e Santa Maria, em contrato entre o GDF e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), já publicado no Diário Oficial.
Os investimentos devem ser divididos entre aquisição de trens, equipamentos e peças, além da modernização tecnológica da frota e dos sistemas atuais da Companhia do Metropolitano. O GDF informou que, dos 32 trens que existem no DF, 12 são novos e os recursos também serão usados para finalizar o pagamento deles.
Com informações do DFTV.