Os trabalhadores dos Correios e os bancários no Distrito Federal aderiram à greve nacional das duas categorias. Os bancários paralisaram desde a terça (18) e os funcionários dos correios decidiram entrar em greve a partir desta quarta (19). De acordo com o sindicato da categoria, o Sintect-DF, dos 6 mil funcionários da empresa, 1.750 já interromperam os serviços no DF e Entorno e devem aderir ao movimento carteiros, atendentes, técnicos administrativos e motoristas.
Os bancários estão em greve por tempo indeterminado e segundo Sindicato dos Bancários de Brasília, a paralisação fechará agências de bancos privados e públicos.
Trabalhadores dos Correios – Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 43,7%, R$ 200 incorporados ao salário, auxílio-alimentação de R$ 35 por dia, contratação imediata de 30 mil trabalhadores, entre outras melhorias, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correio e Telégrafos e Similares (Fentect).
Segundo a Fentect, a greve deve paralisar cerca de 84% dos funcionários em todo o Brasil, em uma média de 117 mil funcionários em ao menos 16 estados, além do Distrito Federal. Minas Gerais e Pará já estão em greve desde a semana passada.
ECT – Em nota divulgada na tarde de terça (18), os Correios garantem a prestação de serviços à população. “Entre as medidas que a empresa poderá vir a adotar estão: realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana”, informa a nota.
Bancários – A decisão pela paralisação ocorreu na segunda (17), após a categoria rejeitar a proposta de reajuste salarial de 6%, feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Segundo nota da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 10,25% nos salários, uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas", melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Brasília, os serviços bancários online e em caixas eletrônicos não serão afetados pela paralisação e serão as principais ferramentas para realização de operações, uma vez que as agências estarão fechadas.
O consumidor não fica dispensado de pagar faturas, boletos bancários ou qualquer outra cobrança. No entanto, para isso, a empresa credora ou concessionária de serviço deve oferecer outras formas e locais, além do atendimento nas agências, para que os pagamentos sejam feitos.
Bancos A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical do sistema financeiro, informou por meio de nota que apresentou uma proposta aos trabalhadores no dia 28 de agosto.
Segundo a Fenaban, a proposta prevê reajuste salarial de 6%, que corrigirá salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O piso salarial para bancários na função de caixa passará para R$ 2.014,38 para jornada de seis horas. Entre outros benefícios, está prevista a 13ª cesta no valor de R$ 359,42.