CLDF abriga exposição “Mulheres: cotidiano e violência na construção de Brasília”

Publicado em: 06/09/2012

A Câmara Legislativa do Distrito Federal abriu no foyer do Plenário, a exposição “Mulheres: cotidiano e violência na construção de Brasília”, mostra fotográfica organizada pelo Arquivo Público e Casa Civil do DF, traz reproduções de ocorrências policiais registradas sobre violência contra as mulheres que moravam em Brasília nos anos de 1957 e 1958, evidenciando os primeiros casos desse problema na nova capital. A exposição fica na CLDF até quinta (06), com visitação aberta à comunidade, das 8h às 18h. 

A exposição faz parte da comemoração dos 25 anos da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e foi aberta nesta terça (04), antes da sessão solene em uma comemoração no Plenário da Casa, por iniciativa da deputada Arlete Sampaio (PT).  “A Deam não é apenas mais uma dependência da Polícia Civil. Ela é um espaço de todas as mulheres brasilienses que são, infelizmente, vitimadas pela violência e que, portanto, procuram a delegacia especializada com a perspectiva de ver ali resolvido o seu problema”, afirmou Arlete. 

Também participaram da solenidade as secretárias da Promoção da Igualdade Racial, Josefina Serra dos Santos; e da Criança, Rejane Pitanga; a coordenadora do Fórum de Promotoras Legais Populares do DF, Cíntia Mara Dias Custódio; e a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade de Brasília (UnB), Tânia Mara Almeida.

DEAM – Presente ao evento, a primeira dama Ilza Queiroz ressaltou a importância da delegacia no cumprimento da Lei Maria da Penha. “Esse é um espaço de fortalecimento das mulheres em situação de violência. A Deam do Distrito Federal foi uma das primeiras do país. Além de comemorar os avanços obtidos por essa delegacia, eu, na condição de mãe, médica e cidadã, estou inserida nessa luta, que deve ser de todas”, destacou lembrando ainda que a Deam do DF foi uma das primeiras do Brasil. 

Avanços e desafios no atendimento às mulheres vítimas de violência foram lembrados durante a homenagem, mas além de comemorar, as participantes defenderam a necessidade de ampliar o atendimento especializado às mulheres vítimas de agressões, no DF. Segundo a secretária da Mulher, Olgamir Amancia, os casos de violência contra mulheres aumentam no período noturno e nos finais de semana. No entanto, os núcleos de atendimento especializado, presentes nas 31 delegacias do Distrito Federal, funcionam apenas de 8h às 19h. 

Sensibilizada, a deputada Arlete se comprometeu a encaminhar indicação do Legislativo local ao GDF sugerindo que a Deam e os núcleos especializados tenham horário ampliado e atendam 24h por dia. Há 16 anos na Polícia Civil, a delegada-chefe da Deam, Ana Cristina Santiago, disse ter orgulho de estar à frente da delegacia: “Me sinto realizada como mulher por estar à frente da Deam. Muito embora uma das nossas funções seja a apuração dos delitos, a delegacia é um espaço de acolhimento e proteção à mulher”, afirmou Ana Cristina.

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