A Companhia Elétrica de Brasília (CEB) Distribuição apresentou balanço, que aponta que de 2011 para cá, houve melhorias. O deputado Chico Vigilante (PT) apresentou os números que mostram que a CEB apresentou um lucro de R$15.170 milhões no primeiro trimestre de 2012.
Ao apresentar o balanço positivo no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça (04) fez questão de relembrar que, quando Agnelo Queiroz (PT) assumiu o GDF, a CEB foi entregue “completamente sucateada e com uma dívida de R$877 bilhões, sendo R$57 bilhões de multas aplicadas pela ANEEL” (Agência Nacional de Energia Elétrica). “Hoje trago notícias altamente positivas em relação à CEB, que foi entregue a este governo como um retrato fiel da falência de uma empresa”, ressaltou.
Chico leu na tribuna um ofício encaminhado pelo presidente da CEB, Rubem Fonseca, que informa que no ano passado, tão logo assumiu a Companhia, o governo elaborou um plano de recuperação técnica e econômico-financeira da empresa com o objetivo de restabelecer a sustentabilidade econômica e financeira da CEB e apresenta as medidas adotadas de curto, médio e longo prazos para recuperação do sistema elétrico de distribuição do DF, para garantir à população um serviço confiável e de qualidade.
Balanço – Dos 57 milhões em multa existente no início de 2011, foram quitados R$17 milhões, parcelados em um ano e outros R$12 milhões estão sendo pagos, parcelados em 60 vezes, o que permitiu à Distribuidora sair do Cadastro de Inadimplentes (Cadin), o que impedia a CEB de captar recursos para investimentos. “Com certeza ainda temos muito mais a fazer para que os números melhorem e se transformem em mais investimentos no sistema de distribuição de energia elétrica e, consequentemente, em benefícios pra todos os moradores do DF”, ressalta Fonseca, no documento.
Chico afirmou que o balanço de 2010 apresentou prejuízo de R$32 milhões. A CEB não recolhia ICMS e não repassava para o DF a contribuição de Iluminação Pública (CIP) comprava material insuficiente e de baixa qualidade, a altos preços. As obras e serviços, também as áreas de tecnologia da informação e de suprimentos estavam com dificuldades. “Os fornecedores estavam com três meses de atraso no recebimento e algumas obras não tinham se quer as licenças ambientais. É uma vergonha!”, disse o parlamentar.
Chico ressaltou que fez questão de ler o ofício na íntegra para ficar patente o registro da transformação da CEB. “Tentaram fazer com a CEB o mesmo que fizeram com a CEMAR, no Maranhão, que foi vendida por R$1,00. Entregaram a CEMAR de presente a uma empresa privada”, reclamou.
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