A Polícia Federal deteve uma pessoa suspeita de envolvimento no assassinato do agente federal Wilton Tapajós Macedo, que morreu com dois tiros na cabeça no mês passado, quando visitava o túmulo dos pais, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O suspeito começou a ser ouvido na superintendência do órgão desde a manhã desta terça (14). A PF informou ter pedido a quebra do sigilo telefônico do suspeito.
Segundo laudo preliminar de balística, os tiros que mataram Tapajós foram de revólver calibre 38: o primeiro, na nuca, à média distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de confirmação. De acordo com a PF, Macedo estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial, que era do filho de Macedo, mas a arma que ele portava – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas.
Wilton Tapajós trabalhava na Polícia Federal desde 1987. O último cargo que ocupou foi no núcleo de inteligência que trabalhou nas investigações da Operação Monte Carlo, que levou o contravento Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, à prisão em 29 de fevereiro deste ano. De acordo com o chefe da operação, delegado Matheus Rodrigues, Macedo participou das investigações desde o início, em 2009.
A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou que o agente teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília. Os investigadores trabalham com duas possibilidades: morte encomendada ou acerto de contas, mas a delegada responsável, Mabel Alves de Farias, afirmou que não descarta nenhuma possibilidade, inclusive a de latrocínio.