A direção da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) divulgou nota nesta sexta (27), defendendo o fim da paralisação da categoria. Na UnB, os professores aderiram ao movimento nacional deflagrado em 17 de maio desde o dia 21 de maio. Segundo a direção da ADUnB, a nova proposta de reajuste feita pelo governo federal para a categoria representa um “avanço significativo”, apesar de pontos prejudiciais, como a impossibilidade de progressão quando o profissional está em estágio probatório.
Os professores da UnB se reúnem em assembleia na tarde de segunda (30), e devem definir o futuro da greve na instituição. A principal reivindicação da categoria é a reestruturação do plano de carreira. “A proposta do governo não é a ideal, mas é importante perguntar se é possível obter mais dado o cenário econômico atual”, diz a ADUnB.
A nova proposta foi divulgada na última terça (24), quando o governo se propôs a conceder reajuste maior para os professores universitários, que estão em greve há quase três meses. Do total de 59 instituições federais, 57 estão paradas e cerca de um milhão de alunos está sem aulas em todo o país, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) (+aqui).
Proposta – O aumento mínimo para a categoria que, na primeira proposta, era 12% cento passou para vinte 25% cento e o máximo oferecido é 45% para quem tem doutorado e dedicação exclusiva. A proposta prevê que o pagamento seja feito em três anos, com parcelas em março de 2013, 2014 e 2015. O custo previsto era de R$ 3,9 bilhões e subiu para quase R$ 4,2 bilhões. Para facilitar a progressão dna carreira, o governo propôs diminuir a quantidade de níveis de 17 para 13, alegando que assim facilitaria a progressão dentro da profissão.
Com esta oferta, o salário inicial de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passaria dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50, nos próximos três anos. Já o salário no início de carreira, para professores com mestrado e dedicação de 40 horas passaria de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70 e a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva, no topo da carreira, passa de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.