Ex-secretário de Justiça do DF, Flávio Lemos, é suspeito de corrupção

Publicado em: 31/07/2012

Nesta terça (31) a Delegacia de Repressão ao Crime contra a Administração Pública (Decap) cumpriu mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e apreendeu computadores, pen drives e HDs em uma Operação denominada Harmonia. A Polícia suspeita que oito pessoas estejam envolvidas em um esquema de propina na Secretaria de Justiça (Sejus) entre 2009 e 2010 e o ex-secretário Flávio Lemos é um dos suspeitos, mas nega as acusações. Ninguém foi preso. 

A polícia começou a investigar o caso em 2010, por conta de uma denúncia anônima, de que um homem estava com R$ 104 mil em Taguatinga no estacionamento do antigo centro administrativo do DF, o Buritinga e iria pagar a Flávio propina, enviada pelas empresas Satélite Promoções e a Italian Alimentos em Samambaia, responsáveis pelo vestuário e alimentação dos internos do Centro de Internação de Adolescentes Granja das Oliveiras (Ciago), que foram subcontratadas pela Casa da Harmonia Menor Carente, recebendo R$ 1 milhão e R$ 2,1 milhões respectivamente. 

Na Operação Harmonia, a polícia apreendeu 24 computadores, 14 notebooks, 24 pen drives, 9 HDs externos, 21 disquetes e 1 iPad e o material vai ser analisado pelo Instituto de Criminalística. 

Esquema – O esquema teria sido feito via contrato emergencial, no valor de R$ 7,5 milhões assinado em 22 de julho de 2009, para administrar Ciago por seis meses e outro contrato emergencial foi assinado em fevereiro de 2010, por mais seis meses, no mesmo valor, totalizando R$ 15 milhões para a Casa da Harmonia. 

O dono da Satélite, Lindomar Dantas de Sousa, assumiu para a polícia ser o dono do dinheiro aprendido no estacionamento do Buriti. “Pela denúncia que recebemos a empresa de alimentos pagava mensalmente R$ 80 mil ao secretário Lemos”, disse Neto. O ex-secretário de Justiça nega o recebimento de propina e diz que não conhece as pessoas que dirigem a Casa da Harmonia nem as empresas subcontratadas pela entidade quando era secretário. 

Se condenados, os acusados podem ter pena entre dois e 12 anos de prisão por corrupção ativa, três a cinco por dispensa de licitação e um a três por formação de quadrilha. 

Com informações do G1.

Artigos relacionados