Brasília ganha ponto oficial de descarte de Lixo Eletrônico

Publicado em: 28/07/2012

Rua da Informática, quadra 207/208 da Asa Norte, área central de Brasília. Este é o endereço oficial do ponto para o descarte de Lixo Eletrônico. A área foi escolhida de maneira estratégica e o material poderá ser entregue aos lojistas a partir deste sábado (28). O projeto é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF). 

A analista do Cristina Sá, explicou que existem várias iniciativas no DF para tratar da questão, mas o assunto é pouco divulgado. As pessoas podem levar os produtos inutilizados para os lojistas da quadra. Qualquer produto eletrônico que não esteja mais em uso, como baterias, monitores, computadores, placas, teclados. Segundo ela, a empresa Dioxil é a responsável por fazer a coleta desse lixo. “Uma vez a cada 15 dias eles vão passar no local com um caminhão, recolher o material e depois fazer uma reciclagem consciente”, afirma. 

De acordo com o diretor técnico da Dioxil, João Batista de Barros, esse trabalho é feito no DF desde 2009, em parceria com o Serviço de Limpeza Urbano (SLU), que tem 13 pontos informais de coleta do lixo eletrônico e a empresa analisa fechar contrato com a SLU, para formalizar a parceria. “Quando o SLU recolhe uma boa quantidade, eles nos avisam. Uma equipe vai até o local e faz a coleta do material”, afirma Barros. Segundo ele, dependendo do mês a coleta chega a três toneladas. 

De acordo com Edmundo Gadelha, diretor do SLU, a população do DF produz em média 800 quilos de lixo eletrônico por mês. Os produtos mais descartados são monitores e torres de computador. 

Boas iniciativas – Além dos 13 Pontos de Entrega Voluntária (PEV) do SLU, que segundo Gadelha começou a partir da necessidade de destinar corretamente os resíduos descartados, devido à crescente demanda, existem algumas iniciativas não empresariais que ajudam a fazer a coleta seletiva do lixo eletrônico. Desde 2010, alguns prédios e condomínios do DF fazem a coleta seletiva.

De acordo com o Sindicato dos Condomínios, alguns prédios do Sudoeste e Águas Claras adotam esse processo para ajudar na conscientização dos moradores de que o descarte incorreto desses materiais causa danos ao meio ambiente. Também há tonéis para descarte específico no Paranoá. 

Reciclagem – A intenção do Sebrae-DF é fazer com que esse material seja descartado sem poluir o meio ambiente e sem causar problemas à saúde das pessoas e reciclar o que for possível. “O que puder ser reaproveitado se tornará em um novo objeto. Pode virar bijuteria ou porta-retratos, por exemplo”, diz Cristina. Aqui no DF, até então, o material descartado geralmente é totalmente desmontado e, depois é feita a reciclagem de todas as peças separadamente, em parceria com a Dioxil. 

Apesar de ser um grande problema e da possibilidade de grandes danos ao meio ambiente, ainda não existe lei específica para cuidar do descarte de lixo eletrônico. De acordo com a assessoria de imprensa do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram-DF), o órgão trata do assunto em um Plano de Controle do Meio Ambiente, que visa mostrar que cada produtor, importador ou fornecedor de produtos eletrônicos têm a obrigação de recolher e dar o destino correto aos materiais. 

O órgão ressalta que o descarte incorreto do lixo eletrônico pode trazer danos ao meio ambiente, podendo em alguns casos contaminar o solo e a água que abastece as residências. Objetos como pilhas, computadores e baterias não podem ser queimados porque poluem o ar e causam danos a médio e longo prazo ao meio ambiente e é necessário ter um descarte correto para cada tipo de lixo.

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