Moradores do Condomínio Sol Nascente se reuniram com o presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Rubem Fonseca, nesta quinta-feira (31/05), para tentar solucionar o grave problema de fornecimento de energia elétrica na região. O Condomínio, localizado ao lado do P-Norte na Ceilândia, vivem mais 55 mil habitantes, e segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), está entre as cinco maiores favelas do país, ficando atrás somente da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Durante a reunião que foi intermediada pelo deputado Chico Vigilante, os representantes da comunidade do condomínio pediram continuação dos serviços de instalação de rede e fornecimento de energia elétrica na localidade e reclamaram da falta de Segurança Pública e infra-estrutura básica na localidade. Acerca do fornecimento de energia, os moradores alegam que inúmeras pessoas da região ainda precisam utilizar as chamadas ligações clandestinas, o que representa um sério risco à vida a todos. Além de mais transtornos no fornecimento de energia legal pela CEB.
Ao ser questionado Rubem, afirmou que a companhia teve que rescindir contratos, mas a nova empresa ganhadora dos serviços tem prazo para se mobilizar. “Peço a compreensão de todos. No máximo em 40 dias, tudo vai se resolver”, garantiu Rubem. Mas logo em seguida alertou: “A CEB só vai não atender as áreas com problemas fundiários ou ambientais”.
Já o deputado Chico Vigilante observou que tem parlamentar que vai ao Sol Nascente para falar mal do governo. “Existem deputados que criticam e não fazem nada e os que querem resolver o problema da coletividade. Eu me incluo nesse segundo grupo”, afirmou. E para enfatizar, citou o exemplo do Setor Habitacional Pôr do Sol, que está com a situação de iluminação pública 100% resolvida.
Outras revindicações
Os moradores do Condomínio Sol Nascente, também estão elaborando um documento em parceria com parlamentares da Câmara Legislativa para apresentar suas inúmeras reivindicações ao Poder Executivo. A ideia é listar os problemas da região, como a falta de segurança, falta de unidades de saúde, transporte ineficiente e ainda pedir celeridade no processo de regularização da área. A comissão foi formada a partir de uma audiência pública realizada na última terça-feira (29) pelos deputados Eliana Pedrosa (PSD) e Agaciel Maia (PTC).
O encontro que ocorreu na Fazenda Recreio, reuniu mais de 500 pessoas, nas quais muitas delas reclamaram do total abandono do poder público, o que acarreta em elevados índices de violência, falta de unidades de saúde e também de transporte. Outras acusaram a Agência de Fiscalização (Agefis) de agir deliberadamente e promover derrubadas de casas como o intuito de despejar moradores.
A audiência pública não contou com representantes da Agefiz. Segundo a deputada Eliana, o não comparecimento comprova o descaso com os moradores. “Se houvesse uma preocupação maior com a região, com certeza haveria representantes de diversos órgãos do governo nesta audiência. É lamentável o que vem acontecendo no DF, onde o governo só participa de eventos realizados por parlamentares da base governista”, afirmou.
