Nesta segunda (18), a greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB) completa um mês (+aqui) e a cada dia compromete mais o semestre letivo de 39 mil alunos de graduação e pós-graduação. O movimento dos docentes reivindica melhores remunerações e da reestruturação do plano de carreira e poderá afetar o calendário acadêmico, que tinha encerramento previsto para 14 de julho. Somente após o término da greve, é que pode ser discutido um calendário de reposição, para determinar novas datas e prazos para encerramento de atividades acadêmicas.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Ebnezer Nogueira um acordo deve ser firmado em breve. Segundo ele, após várias reuniões, o governo, que antes insistia que não ia negociar com a categoria e agora começou a sinalizar com propostas que tem possibilitado o inicio das negociações. Ele explica ainda que o principal motivo da greve que atinge 42 universidades federais que integram um movimento paredista nacional é a falta de estruturação de um plano de carreira.
Greve dos Técnicos – Os servidores técnicos da UnB também estão em greve desde o dia 31 de maio (+aqui), e a paralisação já afeta serviços essenciais como o funcionamento do Restaurante Universitário (RU), Biblioteca Central e até mesmo alguns setores do Hospital Universitário de Brasília (HUB). A categoria busca a efetivação de um acordo firmado na greve de 2007.
Segundo Antônio Guedes, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), o movimento na UnB integra parte de uma ação nacional de mobilização em busca de reajuste de três salários mínimos no piso da categoria, porém destaca que mesmo após mais de 50 reuniões com o governo, as negociações não avançam. Ele afirma que a categoria está há dois anos sem reajuste e que os técnicos estão dispostos a negociar.