Câmara debate Torre Digital e criação de TV pública

Publicado em: 26/06/2012

A criação de uma emissora de televisão pública no Distrito Federal e a possibilidade de que TVs comunitárias e universitárias utilizem a nova torre construída no DF para a irradiação do sinal digital foram o foco dos debates da audiência pública, realizada nesta segunda-feira (25), no plenário da Câmara Legislativa. A Torre Digital, conhecida como Flor do Cerrado, foi inaugurada no dia 21 de abril, no entanto, nenhuma antena foi instalada no local até o momento.

As seis emissoras que operam na cidade já se cotizaram para a compra de uma antena única no exterior, mas as TVs públicas cobram participação na Torre Digital. "A torre deve abrigar a todos,como um instrumento isonômico,tendo em vista sua importância para a comunicação do DF", defendeu  Abrantes (PPS), deputado distrital que organizou a audiência pública.

O representante do Sindicato dos Jornalistas, Jonas Valente, afirmou que o Brasil não utiliza toda a potencialidade da TV Digital e destacou a importância de se criar uma TV públicoa no DF. "As emissoras comerciais devem pagar aluguel para utilizarem a nova torre, e esses recursos devem ser revertidos para que o DF conte com um sistema público que represente a diversidade de sua população", argumentou.

O deputado Agaciel Maia (PTC) destacou a importância de o Legislativo contar com um canal de televisão para que a população possa acompanhar os trabalhos parlamentares. Já o superintendente de serviços de  comunicação de massa da Anatel, Marconi Maia, garantiu que haverá espaço paraas TVs públicas, apesar de "quase todo o espectro atual ter sido ocupado pelas emissoras comerciais".

Compromisso – Representantes do GDF que participaram  da audiência pública garantiram que as empresas comerciais vão pagar pela utilização da torre, custeando a sua utilização por parte de emissoras públicas. Anunciaram ainda que o governo vai permitir o acesso das emissoras públicas. "Será um espaço democrático que vai atender a maior parte dos atores. É um projeto de governo, que conciliou a inauguração do monumento e a aceleração da negociação com as empresas para a instalação de antenas", afirmou a secretária-adjunta de Comunicação do DF, Ana Helena Paixão.   

Bruno Sodré 

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