Nesta segunda (07), o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) divulgou o calendário para a reposição das aulas perdidas durante a greve da categoria. O calendário foi definido esta manhã durante reunião com a Secretaria de Educação. As aulas extra devem ocorrer aos sábados até, no máximo, 29 de dezembro deste ano, para dar conta dos 35 dias letivos perdidos durante a paralisação que durou 52 dias.
O próximo sábado (12) deve ser o primeiro dia da reposição. O Sinpro estima que mais de 350 mil dos 540 mil alunos devem comparecer às escolas. Alunos e professores também poderão ter encontros durante metade do recesso de julho e parte das férias de fim de ano, a depender da situação e da decisão de cada escola.
O primeiro semestre terá que terminar no máximo até o dia 14 de agosto e o segundo deve começar no máximo até o dia 15 de agosto. Foi preservada uma semana de recesso em julho, no período de 15 a 22 de julho. Pelo calendário negociado entre o Sinpro e a Secretaria de Educação, a expectativa é de que as escolas tenham 42 dias de opção para repor os 35 dias de paralisação. Cada instituição deve apresentar uma proposta de como vão cumprir o ano letivo à Secretaria de Educação até a próxima quinta-feira (10).
Ainda de acordo com o Sinpro, ficou acertado na reunião que durante os dias de reposição, os estudantes da área urbana poderão utilizar o cartão Fácil, de transporte escolar e os alunos de áreas rurais contarão com ônibus adicionais. O sindicato disse ainda que as escolas disponibilizarão lanche e equipe administrativa.
Negociações – De acordo com informações do Sinpro, o fim do debate sobre a reposição dos dias parados significa ainda que a categoria volta a acompanhar o cumprimento do acordo feito com o governo. O acordo prevê que na sexta (11), o GDF apresente um calendário de reuniões para dar continuidade às negociações de cumprimento do acordo firmado com a categoria. Na reunião foi feito um acordo para que o pagamento dos dias parados seja feito por meio de folha suplementar até a meia-noite do dia 11 deste mês.
Pelo acordo firmado no dia 30 de abril, que acabou com a paralisação, o GDF tem 30 dias para apresentar à Câmara Legislativa quatro projetos de lei de interesse dos professores. O primeiro deles regulamentando a incorporação da gratificação por dedicação exclusiva, conhecida por Tidem, que equivale a cerca de 50% do salário dos professores ao longo dos próximos quatro anos.
Também deve ser instituído o auxílio-saúde de R$ 200 para os docentes a partir de junho deste ano. A incorporação imediata da Tidem para os aposentados é o tema de uma terceira proposta. Além disso, o governo também se comprometeu a regularizar por meio de projeto a situação de cerca de 12 mil professores que foram aprovados como nível médio, mas recebem salário de nível superior, para que não haja perda financeira para esses servidores.
No próximo dia 14 de junho, os professores se reúnem para avaliar o cumprimento do acordo por parte do governo. A categoria mantém o estado de greve e pode deixar as salas de aula novamente se as negociações com o GDF não avançarem.