Progenitor. Este é o único parentesco que se pode atribuir a um homem suspeito de abusar sexualmente da própria filha. Se a criança em questão tem apenas nove meses, aí torna-se impossível um adjetivo que caiba. A 6ª delegacia de polícia do Distrito Federal, no Paranoá investiga um caso de abuso contra uma menina de nove meses e as investigações indicam que o autor de violência sexual sofrida pelo bebê seja o progenitor. Segundo a polícia, após ter sido encontrado material genético dele no corpo da criança, o agressor confessou o crime e já está preso.
A denúncia do crime foi feita ao conselho tutelar pela babá da criança no início da semana, após perceber escoriações no corpo da menina. A polícia informou que os pais da criança viviam separados, mas que há 15 dias teriam passado a morar juntos, devido à dificuldade financeira da mãe. O conselheiro tutelar, Manoel Cardoso Magalhães, que acompanhou o caso informou que a menina está sob os cuidados da mãe e passou por exames feitos por uma médica e legistas do Instituto Médico Legal (IML).
Campeão de denúncias – Em maio de 2011, o Distrito Federal apareceu em primeiro lugar no ranking nacional de denúncias de violência contra crianças e adolescentes por habitantes, com 3.782 denúncias recebidas pelo serviço de denúncias mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Disque 100. O número se torna ainda mais alarmante, ao considerar o fato de que o estado de São Paulo, o mais populoso do país está em 26º lugar.
Para a secretária de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da SDH, Carmen Oliveira, as denúncias de violência contra a criança não podem ser interpretadas como casos concretos de abuso sexual. Segundo ela, das 3.782 denúncias registradas no DF, 1.213 são relativas à abuso e exploração sexual e o restante seria de negligência, pornografia, violência física e psicológica e tráfico de crianças e adolescentes.
