Artigo da deputada Arlete Sampaio – No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Nesta data em que educadoras e educadores do sistema público de ensino do Distrito Federal reúnem-se em assembléia de seu sindicato de classe, quero manifestar minha solidariedade a essa categoria profissional que é composta majoritariamente por mulheres trabalhadoras que dignificam essa nobre profissão.
No dia 01 de fevereiro de 2012 reassumi meu mandato na Câmara Legislativa como deputada distrital. Retorno à CLDF um ano depois de ficar a frente da Secretaria de Desenvolvimento e Transferência de Renda – SEDEST. Contribui com o Governo Agnelo e, agora, quero ter uma atuação mais abrangente, abordando a temática da Educação, do Desenvolvimento Social, da Saúde, do Desenvolvimento Urbano, da Cultura, do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos, a serviço das nobres causas da população do Distrito Federal para elevação da qualidade de vida em todas as cidades.
A educação brasileira tem avançado bastante nos últimos anos. Infelizmente esses avanços não chegaram ao DF por omissão de governos anteriores. Assim, esse é um momento importante de garantir novas conquistas. No mês passado, o Governador Agnelo Queiroz sancionou a lei que reinstitui a gestão democrática nas escolas públicas e no sistema de ensino do DF, iniciada no Governo Cristovam, em 1995, e interrompida por 12 anos de governos descomprometidos com a educação no DF. Paulo Freire nos ensina que é impossível um aprendizado do ponto de vista da construção de uma consciência cidadã sem que haja liberdade e democracia nas escolas
É preciso recolocar na agenda da Educação do DF o debate sobre o Plano Distrital de Educação que tenha como metas universalizar o atendimento na educação básica; erradicar o analfabetismo; melhorar a qualidade dos processos educativos e de aprendizagem, segundo o novo PNE; aumentar o investimento do GDF na educação; garantir estrutura mínima nas escolas como bibliotecas, auditórios, quadras cobertas, laboratórios; criar creches; implantar a universidade distrital e a educação integral em todas as escolas do DF
O projeto pedagógico deve estar no centro dessa nova política de educação emancipadora para o Distrito Federal, combinado com uma política de valorização do profissional que resgate a autoestima do professor, incentive a formação continuada, melhores salários e condições de trabalho e saúde dos profissionais da educação. É a partir desse eixo que vamos atrair os educadores para a sala de aula e diminuir a grande evasão que ainda temos em nossas escolas. É necessário reencantar a escola como espaço de produção de conhecimento e lugar que desperte em professores e estudantes sentimentos como paixão, liberdade, democracia, autonomia e esperança.
Como parlamentar, como pessoa que sonha em fazer de Brasília a capital da civilidade, coloco-me à disposição dos educadores e educadoras focando a educação como uma das prioridades de meu mandato.
Deputada Arlete Sampaio (PT-DF)