Câmara debate soluções para insegurança na UnB

Publicado em: 19/03/2012

 

 

A Câmara Legislativa discutiu em audiência pública nesta sexta-feira (16) a falta de segurança pública nos campi da Universidade de Brasília (UnB), com a participação de representantes do Poder Público e da academia. A audiência foi presidida pelo diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB), Davi Rodrigues, que propôs a realização do debate aos deputados distritais.

Na abertura do debate, o deputado Dr. Michel (PSL), autor do requerimento que viabilizou a audiência, destacou a importância de receber a UnB no Legislativo Distrital e disse que esta será a primeira de muitas reuniões para discutir segurança pública na universidade. O objetivo é realizar novas audiências para os campi de Planaltina, Ceilândia e Gama, que sofrem com a criminalidade por estarem em áreas isoladas. “É preciso garantir paz para que os alunos possam assimilar melhor o conhecimento e que os funcionários e professores possam trabalhar com mais tranquilidade”, observou Dr. Michel.

Davi Rodrigues citou diversos casos de furto em veículos, tentativas de sequestro, roubo, assalto a mão armada, ocorridos apenas com seus conhecidos. “Em 2011, foram 1091 ocorrências. O campus Darci Ribeiro tem muitas áreas isoladas, mal iluminadas e com muito mato. Falta comunicação entre os diversos agentes de segurança. Quero saber qual a disponibilidade para fazer melhorias?”, questionou Davi.  

O coordenador de Proteção ao Patrimônio da UnB, Edmilson Lima, relatou a falta de pessoal de segurança, a ausência de material de trabalho e a existência de moradores de rua que vivem próximos ao campus do Plano Piloto. “Proponho o cercamento de certas áreas, fechamento com controle de acesso aos prédios a partir das 23h, entre outras ações. Proponho que trabalhemos em conjunto com a Polícia Militar nos estacionamentos e dentro dos edifícios em casos graves, mediante autorização do reitor", afirmou Edmilson.

Representando o Departamento de Transporte do DF (DFTrans), Bruno Mestre respondeu diversas demandas referentes a novas linhas de ônibus nos campi, o que facilitaria o acesso e evitaria caminhadas em locais de risco. “O DF conta com mais de mil linhas de ônibus e falta integração. Somente após a licitação de todos os ônibus, apresentada pelo governo, poderemos solucionar essa questão”.

Já o representante da Polícia Militar, capitão Thiago Batista, afirmou que nada impede a atuação dentro dos campi, mas argumentou que a PM só vai conseguir uma melhor atuação quando for “aceita com legitimidade pela comunidade acadêmica”. “Proponho que haja uma parceria com a UnB no monitoramento dos sistemas por câmeras”, defendeu.

 
Bruno Sodré de Moraes – Coordenadoria de Comunicação Social

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