Leonardo Bandarra, aquele promotor “representante” do Mensalão do DEM no Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF), foi denunciado mais uma vez à Justiça pelo uso de documentos falsos para a compra de uma mansão no valor de R$ 1,3 milhão, de acordo com o contrato particular de compra. De acordo com a denúncia, o fato ocorreu em 2008, quando Bandarra, que era chefe do MP-DF subfaturou o valor do imóvel no cartório de registros e na Receita Federal, registrando apenas R$ 830 mil, omitindo parte do pagamento. Na denúncia conta que pelo menos R$ 200 mil teria sido entregue em dinheiro vivo.
A Receita Federa identificou a fraude no valor apresentado ao Fisco e ao próprio MPDF, durante as investigações de diversas acusações contra Bandarra e aplicou uma multa de R$ 240 mil ao promotor. A denúncia do MPF foi assinada pelo procurador Ronaldo Meira de Vasconcellos Albo e pede o afastamento imediato de Bandarra de seu cargo no MPDF, além da condenação por crime de falsidade ideológica e uso de documento falso, cujas penas variam de um a seis anos de detenção. Como o promotor é servidor público e apresentou tais documentos em vários órgãos de controle, o tempo pode aumentar em dois terços.
Mensalão do DEM – Bandarra ficou conhecido ao ser acusado pelo Ministério Público Federal de passar informações sobre investigações, além de fazer vistas grossas num suposto esquema da cobrança de propinas no serviço de coleta de lixo. Para isto, teria recebido R$ 1,6 milhão de José Roberto Arruda, ex-governador do DF e uma mesada de R$ 150 mil. Responde ainda por tentar impedir que um comandante da PM aliado de Arruda fosse denunciado por crimes em licitações. Foi acusado também de tentativa de extorsão a Arruda, para não divulgar um vídeo onde ele foi flagrado recebendo dinheiro do delator do esquema de corrupção no DF, Durval Barbosa.
Com informações do IG. Foto, Agência Estado.
