Foi lido no plenário da Câmara Legislativa, na tarde desta quinta-feira (2), requerimento de autoria do deputado Patrício (PT) que pede a convocação do ex-diretor-geral da Polícia Civil, Onofre de Moraes. A saída de Moraes ocorre depois da divulgação de um vídeo, gravado em junho do ano passado – quando o diretor ainda era delegado no Cruzeiro –, em que ele critica o governador Agnelo Queiroz. Em reportagem publicada pela revista "Veja" no último final de semana, o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, diz que teria recebido uma oferta de R$ 150 mil de Moraes para não fazer denúncias contra o governo do DF.
Na busca de mais esclarecimentos sobre as acusações feitas em vídeos e matérias jornalísticas, Patrício defende que os fatos devem ser esclarecidos no Poder Legislativo. “O Poder Legislativo tem a obrigação de fiscalizar todas as ações do Executivo. É inadmissível que um dirigente desse escalão faça declarações caluniosas e ofensivas ao governador e não preste as devidas explicações à sociedade”, destacou.
Patrício vem defendendo o afastamento de Onofre desde terça-feira, após a divulgação da matéria na Revista Veja. Segundo ele, a saída do diretor-geral da Polícia Civil era necessária para dar ao governador Agnelo a tranquilidade fazer as mudanças necessárias na área, além de preservar a instituição policial, considerada uma das melhores do mundo, e o próprio governo. “Cada cidadão pode ter a relação com quem quiser, mas o Estado está acima de qualquer relação pessoal”.