O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) se reuniu nesta quinta (02) e fechou uma lista tríplice com indicados da categoria para o cargo de de diretor-geral da Polícia Civil. A lista deve ser entregue ao governador Agnelo Queiroz (PT) nesta sexta (03). Os delegados afirmam que pode haver retaliação da categoria ao GDF, se nenhum dos três for escolhido e querem que o novo diretor tenha um perfil técnico, não político. João Rodrigues, diretor-adjunto ocupa o posto interinamente.
Os escolhidos da lista do Sinpol são Jorge Luiz Xavier, do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Cláudio Magalhães, diretor da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) e Eric Seba, diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC). O diretor-geral Onofre Moraes, pediu exoneração logo após a divulgação de vídeos que o comprometem. Em um dos vídeos ele afirma que Agnelo deixaria o mandato em “um camburão da Polícia Federal” e que a única saída para ele seria a renúncia.
Também nesta quinta (03) outra reunião discutia os rumos da PCDF. Agnelo, Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública e o presidente da Câmara Legislativa Distrital, deputado Patrício (PT), se encontraram no Palácio do Buriti, para discutir o nome que deve ser anunciado nesta sexta (03). “Não tenha dúvida que vai ter uma reação muita grave dos delegados no que diz respeito a estímulo e confiança no próprio Estado”, disse o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo), Benito Tiezzi.
Diante disto, só resta aguardar quem será o sucessor de Onofre e torcer para que faça um bom trabalho.
Boas intenções – Na quinta, Onofre pediu desculpas ao governador e disse que estava ressentido porque foi preterido para o cargo de diretor-geral, então ocupado por Mailine Alvarenga. Afirmou também que a gravação seria uma “conversa de botequim”, durante a coletiva de imprensa em que anunciou a sua demissão e aposentadoria. Não satisfeito com a situação, deixou no ar que Sombra ainda teria mais de 3 mil áudios e vídeos comprometedores, com a participação de autoridades do DF.
Onofre disse ainda que estaria sendo vítima de um grupo que está “tentando destruir Brasília” e que teve a intenção de revelar o “trabalho sujo” que o jornalista Sombra desempenhava na cidade.
Estopim – A crise na PCDF começou com uma matéria da revista Veja do último fim de semana, onde o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, acusou Onofre de pedir ao jornalista Edson Sombra, que entregasse R$ 150 mil a Durval, para que ele não fizesse denúncias contra o governo do DF. Onofre negou a denúncia desafiou Sombra, que divulgou dois vídeos, um feito em julho passado, quando Agnelo enfrentava denúncias de supostas irregularidades na campanha eleitoral ao governo do DF.
Com informações do G1 e Correio Braziliense. Foto, G1.