O deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS) vai, oficialmente, questionar a Aviplan sobre o motivo de trinta ônibus novos estarem parados na garagem da empresa em Sobradinho, enquanto a população da região sofre pela precariedade da frota que está em operação.
“Eu venho, diariamente, de Planaltina para o Plano Piloto e não há um dia em que não encontre quatro ou cinco ônibus quebrados no trajeto. Há inúmeros relatos de pessoas que perdem o emprego porque o patrão não acredita mais nas justificativas de atraso”, disse o parlamentar.
Abrantes vai, ainda, requerer que a Polícia Civil investigue a denúncia de que empresas estão usando ônibus clandestinos. No entender do deputado, os problemas no transporte público como veículos velhos e as constantes panes mecânicas chegaram a uma situação limite.
Reportagem do Correio Braziliense divulgou que existem no Distrito Federal 440 coletivos clandestinos circulando sem quaisquer condições de tráfego. O mais grave, aponta o jornal, é que essa frota irregular pertence a concessionárias do transporte público do DF.
No pronunciamento feito na tarde desta terça-feira (14), o distrital se solidarizou com o sofrimento de pessoas que residem em áreas de Planaltina, como o Arapoanga e outras localidades da mesma cidade e da Região Norte do DF, de modo geral.
“Ouvimos que a mal sucedida operação financeira do BRB com as cooperativas está na raiz do problema. Mas, por outro lado, não podemos aceitar que a dificuldade de se decretar a falência da Coopatram se transforme em mais sofrimento aos usuários”, declarou o parlamentar.
“Quem precisa usar ônibus não consegue chegar aos destinos. Aqui, nesta Câmara Legislativa, todos temos uma veia trabalhista, como é a orientação de meu próprio partido (PPS). Até por esses motivo, a gente precisa de uma ação rápida. Todos os dias, ouço falar nesse problema por meio de pessoas que se queixam das dificuldades”, frisou Abrantes.
Segundo Abrantes, o Distrito Federal tem que se respaldar no Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do DF (PDTU) , aprovado no ano passado, como marco legal a serviço de aprimorar o transporte público.
“Se nos espelharmos na cidade de Madri, na Espanha, por exemplo, veremos o quanto ainda precisamos avançar. Naquela metrópole em dez anos foram construídos 300 km de linhas de metrô. Aqui em Brasília, em 20 anos, foram viabilizados apenas vinte quilômetros”, comparou.