25 mil índios Guaranis no Mato Grosso do Sul são vítimas de perseguição religiosa. Em Dourados, numa área onde vivem cerca de 12 mil indígenas em situação de indigência, 36 igrejas pentecostais brigam entre si pela conversão dos indígenas e atacam as tradições religiosas da cultura Guarani. Até mesmo o urucum usado para a pintura ritualística dos corpos é chamado pelos pastores de “bosta de satanás” e os objetos de adoração usados nos rituais religiosos dos Guaranis são demonizados. A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirma que há intolerância religiosa com os poucos indígenas que ainda mantém suas tradições de culto e que igrejas constroem templos em terras da União, sem autorização do governo. Os indígenas acusam as igrejas pelo incêndio criminoso de cinco “Casas de Reza” dos Guaranis.