A deputada Celina Leão entra com ação contra o ex-lobista Daniel Tavares

Publicado em: 09/02/2012

 

 

A deputada distrital Celina Leão (PSD) entrou com Ação Criminal na Justiça, contra o ex-lobista Daniel  Almeida Tavares por crime contra a honra. A distrital vai arrolar testemunhas como o policial militar João Dias e as revistas Veja e Época.

Depois de prestar declarações à deputada Celina Leão,  registradas em 40 minutos de vídeo, onde  Daniel acusa  o governador Agnelo Queiroz de ter recebido propina, na época em que era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o lobista volta atrás nas acusações.

Em outra gravação de apenas três minutos, Daniel Tavares desmente o que havia dito e afirma que,  as declarações que prestou à deputada Celina Leão eram falsas e ainda, que teriam sido compradas pela parlamentar, que atua na oposição ao governo Agnelo.  “Eu vou provar no Tribunal a trama feita pelo governo para  abafar as declarações que comprometem o governador”, garante  Celina.

Segundo a deputada as duas versões apresentadas por Daniel, os motivos de sua conduta e qual delas é verdadeira são questões que serão devidamente esclarecidos pela Justiça. “De antemão avalio como extorsão, ele fez um leilão das informações que tinha e ao que tudo indica encontrou quem pagasse”, avalia Celina.

As mesmas acusações que Daniel  revelou à deputada durante a gravação,  já haviam sido divulgadas por ele em entrevistas a revistas de circulação nacional e de reconhecida credibilidade como Veja e Época. O policial João Dias, também, confirmou que as declarações prestadas por Daniel eram verdadeiras, e foi além, disse que “novo depoimento de Daniel havia sido comprado por integrantes do governo”. Dessa forma,  a deputada Celina Leão vai arrolar estes veículos de comunicação, que também foram descredenciados pelas últimas declarações do ex-lobista, e o policial militar João Dias, como testemunhas na Ação Criminal movida por ela.

Daniel Tavares confirmou  a declaração dada pelo governador Agnelo Queiroz, para justificar o  depósito de R$ 5 mil feitos pelo então lobista em sua conta corrente. Segundo o governador tratava-se da devolução de um empréstimo e não do pagamento de parte de uma propina que teria sido paga  pela empresa União Química, da qual Daniel era funcionário e que o fato do certificado de boas práticas conferido ao referido laboratório por assinatura de Agnelo Queiroz, à época diretor da ANVISA, no mesmo dia em que o valor foi depositado, teria sido uma mera coincidência.

 

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