475 anos de prisão. Esse é o total da pena dos condenados pelo assassinato da deputada federal alagoana Ceci Cunha e mais três pessoas que estavam com ela no momento do homicídio. A Justiça Federal em Alagoas proferiu a sentença na madrugada desta quinta (19). O médico e ex-deputado federal, Pedro Talvane Luiz Gama de Albuquerque foi sentenciado a 103 anos de prisão. Além dele, a justiça condenou outros quatro acusados da chamada “chacina da Gruta”.
O juiz federal André Tobias Granja apresentou a sentença do Tribunal do Júri para o ex-deputado, que era suplente de Ceci, quando a deputada foi assassinada em 16 de dezembro de 1998. Talvane foi condenado pela autoria intelectual dos quatro assassinatos. A pena teve agravante, por se tratar de motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.
Os quatro acusados de autoria material são assessores do ex-deputado, Jadielson Barbosa da Silva, Alécio César Alves, Mendonça Medeiros da Silva e José Alexandre dos Santos, vulgo “Zé Piaba”, foram condenados pela autoria da chacina, também com agravante de motivo torpe, ou seja, em troca de recompensa, e sem possibilidade de defesa para as vítimas.
Jadielson Barbosa da Silva e “Zé Piaba”, foram condenados a 105 anos de prisão cada. Alécio César Alves teve sentença de 87 anos e três meses de detenção e Mendonça Medeiros da Silva teve pena de 75 anos e sete meses.
Chacina da Gruta – A deputada foi morta, para que o suplente pudesse assumir o mandato no lugar de Ceci. O crime foi cometido pouco depois de ser diplomada para o cumprimento do segundo mandato como deputada federal. Ela foi baleada com uma margarida nas mãos, sentada na varanda da casa da irmã, no bairro da Gruta de Lourdes em Maceió, no estado de Alagoas.
Os pistoleiros invadiram a casa de Claudinete, irmã de Ceci, que foi a única que conseguiu fugir e se esconder embaixo da cama até que os atiradores fossem embora. O restante não teve chance de reação. Morreram, além da deputada, Juvenal Cunha, marido de Ceci, o cunhado dela, Iran Carlos Maranhão e a mãe de Iran, Ítala Maranhão.
Talvane chegou a tomar posse em fevereiro de 1999. O ministério Público Federal denunciou Pedro Talvane, após investigações e ele foi cassado no dia 8 de abril por quebra de decoro parlamentar. Foi preso em Brasília, mas respondeu ao processo em liberdade.
Com foto e informações do jornal Primeira Edição.